Se o futuro não aprece mais tão promissor, para Olivier Rousteing ele pode ser um verdadeiro campo de batalha. Antes de dar início ao desfile, a Balmain apresenta uma performance de dança contemporânea, em que os dançarinos, todos homens e com vestes com inspirações militares, inclusive com capacetes de proteção, conflitam entre si e em um espetáculo de dança e selam uma paz ao final com um beijo entre dois dos dançarinos. É possível de fazer uma alusão a todo o desfile através dessa performance. Os 100 looks apresentados por Olivier Rousteing transitam entre o retrofuturismo, roupas que aparecem armaduras e com inspirações militares e finalizam uma dose de esperança, em peças que exaltam o belo.
As roupas que lembram armaduras são o grande destaque dessa coleção, com placas metal, ombros e cinturas estruturadas e uma silhueta familiar da Balmain. As peças com inspiração militar e silhuetas estruturadas foram alguns dos designs mais icônicos de Olivier Rousteing à frente da Balmain, com o chamado Balmain Army (literalmente, tropa da Balmain). Portanto, isso não é uma novidade para a marca, mas nessa coleção adquirem novos contornos. Com looks brancos, prateados e dourados e corsets estruturados, como coletes à prova de balas para uma batalha espacial, com claras inspirações futuristas.
A Balmain também entra no território do esportivo, fugindo dos brilhos e da sensualidade que estamos acostumados para criar looks inspirados em trajes de corrida e motocross, criados em preto-e-branco e couro. Ao final, Olivier também apresenta looks mais delicados e fluidos, inclusive usando e abusando da tendência do Trompe L’oeil, as estampas de ilusão de ótica, que havíamos alertado que deveria voltar com tudo.