Para esta coleção, André Namitala firma uma parceria com o Instituto Brennand, renomada instituição cultural brasileira, com riquíssimo acervo e arquivos. André conta que foi uma parceria mais bem sucedida e que a Handred teve acesso quase ilimitado aos arquivos do Brennand.
“Quando você pensa em Brennand, você pensa em cores, e elas estão disponíveis na versão comercial dessa coleção. Mas para a apresentação, optei apenas pelos brancos, que é a cor do esmalte dado antes da primeira queima da argila na cerâmica” conta Andre em entrevista no backstage. A coleção é inteiramente branca, com tons de nude, dourado e branco amarelado espalhados, como se afetado pelo tempo.
É um convite para se olhar de perto e se ater aos detalhes. Na ausência de cores, as silhuetas e modelagens chamam atenção. Sem estampas, são as linhas dos detalhes que saltam aos olhos. Nos tecidos da coleção, a seda proporciona fluidez e brilho às criações da Handred, enquanto o linho, mais duro, se assemelha às cerâmicas criadas pelos oleiros, para a marca, e recebe técnicas de bordado centenárias, como o ponto Labirinto, onde o fio é desfiado e é o lápis do desenho.