Não é de hoje que são assíduas as críticas ao trabalho de Maria Grazia Chiuri à frente da direção criativa da Dior. Enquanto nem sempre todas essas críticas fossem justas, a coleção de Alta Costura verão 22, desfilada hoje em Paris, é talvez uma das mais insípidas de MGC para a Dior.
A coleção deixa a desejar em emoção, não oferece imagens realmente impactantes para nossos olhos e feeds, mesmo entre as mais de 50 referências. Não parece haver interesse ou motivação para inovar na silhueta, na cartela de cores, no styling ou na imagem da marca e a coleção rapidamente se mostra sem fôlego.
Mesmo na Couture, onde a Dior ainda conseguia navegar bem com os tradicionais vestidos românticos, coloridos, em tule e com bordados e brilhos aqui são lavados por uma paleta de cores sem contrastes ou fortes emoções. Se cabem destaques, eles ficam definitivamente por conta das novas interpretações da silhueta do New Look e pelo trabalho manual ímpar dos ateliês da Dior, principalmente nos looks bordados e com brilhos, que poderiam ter sido elevados a um outro nível com um trabalho de design mais ousado