Presença sempre esperada durante a Alta Costura, a Valentino desfilou hoje sua coleção para o Inverno 22, posteriormente ao calendário oficial da temporada de Alta Costura que se encerrou no último sábado. Pierpaolo Piccioli prova que mesmo com todas as mudanças do setor, o trabalho primoroso do designer e seu ateliê ainda mantem a Valentino entre os principais nomes da Alta Costura na atualidade por conseguir modernizar um seguimento que é constantemente colocado em cheque a respeito de sua relevância.
Nesta temporada, Pierpaolo e seu time de petites mains viajou à Veneza para mostrar a coleção no Le Gaggiandre, um dos pavilhões onde acontece a Bienal de Artes de Veneza, datado do século XVI.
Mesmo com chapéus extravagantes e um trabalho impressionante com as cores e formas que parecem fluturar, o designer segue na linha de uma couture mais clean e casual, com toque contemporâneo e peças mais minimais, mesmo que de extremo luxo. A coleção é interpretada como um diálogo entre moda e arte, recebendo a colaboração de diversos artistas para a criação das peças e das estampas. Para Pierpaolo, a arte é autossuficiente em si, ao passo que a moda deve cumprir um propósito, mas é a partir dessa intersecção que surge sua Alta Costura.
A coleção celebra os códigos da Couture da Valentino, desde chapéus flutuantes com penas até vestidos de baile majestosos, mas não falha em modernizar a silhueta e a marca, de acordo com as novas expectativas que recaem sobre a Alta Costura contemporânea.