Diretor de desfile: Ruy Furtado
Styling: Equipe João Pimenta
Trilha: Max Blum
Beleza: Ricardo dos Anjos
Créditos especiais: Tear e tear de papelão: Alexandre Heberte / Supervisão têxtil: Silvia Ribeiro / Acessórios (máscaras, golas e basques) e bordados: Marcelo Andreotti / Sapatos: Renato Peixoto / Feltragem: Tânia Stahl / Tricô: Ana Maria Santos
Inspirações: O steampunk, subgênero da ficção científica cujas obras são ambientadas em um passado que possui tecnologia do futuro; os “plague doctors”, médicos da época da praga que usavam máscaras com bicos, onde colocavam ervas aromáticas para disfarçar o cheiro dos doentes; e a ideia de que “todo príncipe tem seu monstro”.
Materiais: Tecidos “sustentáveis” tramados em teares manuais, com misturas de até seis fios; lã, lã fria, couro e tricoline.
Cores: Cartela escura, com contrastes de marinho, marrom, vinho, musgo e preto.
Highlights: Quando João Pimenta recebeu a reportagem do FFW em seu atelier para mostrar uma prévia do seu Inverno 2012 e disse que “essa roupa no cabide realmente não funciona”, achamos que ele estava sendo modesto. Não estava. A coleção, que parecia impactante no cabide, realmente só ganhou vida na passarela, com a harmonização entre roupa, casting, styling, beleza, iluminação e trilha. O estilista fez uma apresentação forte, com looks que fazem sentido dentro do contexto inspiracional da coleção e dentro da história da marca. A alfaiataria clássica com um twist, por exemplo, aparece nas alterações do terno tradicional de três peças, com acabamentos arredondados e comprimentos variados. A busca por tecidos diferenciados, por sua vez, resulta na riqueza de texturas que acabou sendo a grande estrela da coleção: vale a pena ver cada um dos looks com a nossa ferramenta de superzoom. (E o estilista vai, sim, usar comercialmente alguns dos tecidos especiais mostrados no desfile). (SARAH LEE)
Foto: Zé Takahashi/Ag. Fotosite
