Tendo em Igor Cavalera um de seus sócios-fundadores, a Cavalera reassume sua vocação rock’n’roll. E acerta muito da locação (a Galeria do Rock) à trilha sonora ao vivo do próprio Igor, passando, naturalmente, por uma coleção honesta com seus consumidores e com sua essência. Não é pouco, não, numa temporada em que muita gente tem se maquiado de outras cores, usando a moda para fingir ser algo que não é.
O jogo limpo da Cavalera começa com o destaque dado ao jeanswear. Afiado, afinado com o hoje, trabalhando com a lavagem “empretecida” que todo mundo adora _tanto fashionistas quanto consumidores ‘normais’. E acabamentos resinados no preto e no dourado fosco da horinha, bem como no cinza manchado, tudo em ajustados shapes up-to-date.
O masculino segue mais forte no inverno 2010 da Cavalera, e vêm deste segmento os melhores momentos: a alfaiataria em lã desencaretada pelo xadrez largo, pelas calças confortáveis de cavalo mais baixo e por paletós que funcionam igualmente bem como separates.
A coleção da Cavalera sempre é grande, atendendo à boa distribuição da marca Brasil afora, e o styling brinca com sobreposições para mostrar a parte mais commercial: cangurus, moletons, t-shirts de banda estilizadas e camisas em cores que acendem a cartela: pink, verde e azul.
Nas meninas, pegada fetiche ou groupie, tendo como emblema a entrada do titã Paulo Miklos com duas gostosas a tiracolo.
A direção sempre sensível de Alberto Renault colocou personagens legítimos da Galeria do Rock flanando com jeitão de zumbi. Nem parecia estar vestidos com as roupas da coleção, o que só legitima ainda mais a força do desfile da Cavalera.
Direção geral: Alberto Hiar
Estilo: Fabiano Grassi e Igor de Barros
Sapatos e acessórios: Caroline Molleri
Direção do desfile: Alberto Renault
Direção-executiva? Wan Vieira
Styling: David Pollack
Beleza: Robert Estevão
Trilha sonora: Igor Cavalera










































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