A moda da primavera de 2026 foi marcada por um verdadeiro espetáculo de movimento e drama, tendo as franjas como sua protagonista indiscutível. Essa tendência não apenas conferiu vida às roupas, mas também transformou silhuetas simples em criações eletrizantes. Juntamente com as franjas, elementos como penas, flores tridimensionais, babados fluidos, paetês oversized, bordados intrincados e tasséis contribuíram para uma celebração vibrante de texturas dinâmicas.
Embora referências à década de 1920 fossem muito presentes, as interpretações contemporâneas foram longe de uma simples nostalgia. Vestidos com cintura baixa, silhuetas oscilantes e peças no estilo flapper surgiram reimaginadas com linhas limpas e proporções modernas.

O mais interessante é que essas peças adornadas com franjas não necessitam de um baile de Charleston para se destacarem; o movimento está intrinsecamente incorporado ao design. A construção engenhosa, as camadas bem elaboradas e as texturas projetadas garantem que cada passo tenha um significado.

Nas passarelas
A exibição do trabalho artesanal foi notável nesta temporada, desde as técnicas de macramê feitas à mão na Balmain até a utilização inovadora de fibra de vidro reciclada e couro intrecciato na Bottega Veneta. Bolsas, lenços e lapelas decoradas com franjas evidenciaram tanto a habilidade artesanal quanto as construções modernas. A paleta variou entre metálicos, cetins e cordas esculturais, mostrando que o fringe (as franjas) possui uma versatilidade que vai desde texturas delicadas até uma arquitetura arrojada.

Em uma temporada onde a busca por sensualidade se fez presente sem apelação excessiva, o fringe apresentou uma solução inovadora. Ele ofereceu visibilidade sem exposição, drama sem exageros, segundo o WWD. Ademais, a primavera de 2026 demonstrou que a ornamentação, quando fundamentada na técnica e no conhecimento histórico, pode se tornar o gesto mais contemporâneo nas passarelas.