Carrie Bradshaw, a inesquecível personagem vivida por Sarah Jessica Parker em “Sex and the City”, foi uma das maiores referências de estilo dos anos 1990 e 2000. Com um guarda-roupa que misturava luxo, ousadia e personalidade, a colunista fictícia ajudou a transformar a moda em uma forma de expressão feminina. Consolidando nomes como Manolo Blahnik, Dior, Dolce & Gabbana e Chanel como sinônimos de desejo entre as telespectadoras.

Mas por trás do glamour das telas, nem tudo era o que parecia. Em uma entrevista, segundo a Glamour Brasil, Parker revelou que uma das bolsas mais icônicas carregadas por Carrie, uma Birkin azul da Hermès, era, na verdade, falsa.
A revelação surpreendeu os fãs da série, já que a Birkin é um dos itens mais exclusivos do mundo da moda, com longas listas de espera e preços que ultrapassam valores de carros de luxo.
Segundo a atriz, a decisão de usar a réplica aconteceu por um motivo prático: esconder sua gravidez durante as filmagens da quinta temporada, em 2002.
“Aquela bolsa tinha uma função a cumprir — e cumpriu muito mal”, brincou Sarah. Ela explicou que a figurinista Patricia Field, conhecida por sua criatividade e estilo excêntrico, havia conseguido a peça apenas para cumprir o papel estético necessário para a cena. “Talvez, se fosse uma Hermès de verdade, teria funcionado melhor”, ironizou Parker.
Símbolo de luxo
Na cena em questão, Carrie aparece ao lado de Stanford Blatch, interpretado por William Garson. Este faleceu em 2021, durante as gravações do revival “And Just Like That”. Os dois caminham por um mercado de rua, enquanto a personagem usa um vestido verde sem mangas da Juicy Couture, sandálias vermelhas e, claro, a polêmica Birkin falsa.

Fundada em 1837, em Paris, a Hermès começou como uma fabricante de arreios e artigos de couro para cavalos. Isso antes de se tornar uma das maiores casas de luxo do mundo. Reconhecida por sua artesania impecável, produção limitada e materiais de altíssima qualidade, a marca construiu uma reputação baseada na exclusividade e no tempo. Cada bolsa Birkin, por exemplo, pode levar até 48 horas para ser confeccionada manualmente.
Hoje, a Hermès representa o ápice da elegância silenciosa: um luxo que não grita, mas é imediatamente reconhecido (o Quiet Luxury). E, mesmo que a Birkin de Carrie Bradshaw não fosse autêntica, seu impacto cultural permanece real.