FFW
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    _ALE0021
    _ALE0055
    _ALE0086
    _ALE0115
    _ALE0148
    _ALE0172
    _ALE0212
    _ALE0257
    _ALE0283
    _ALE0307
    _ALE0354
    _ALE0366
    _ALE0376
    _ALE0401
    _ALE0436
    _ALE0467
    _ALE0490
    _ALE0501
    _ALE0521
    _ALE0544
    _ALE0574
    _ALE0603
    _ALE0627
    _ALE0651
    _ALE0674
    _ALE0725
    _ALE0747
    _ALE0757
    _ALE0773
    _ALE0797
    _ALE0824
    _ALE0842
    _ALE0864
    _ALE0879
    _ALE0904
    _ALE0920
    _ALE0945
    _ALE0976
    _ALE0987
    _ALE1012
    _ALE1038
    _ALE1053
    _ALE1089
    _ALE1120
    _ALE1132
    _ALE1149
    _ALE1170
    _ALE1194
    _ALE1217
    SAINT LAURENT
    Verão 26
    Todos Ler Review
    Por Vinicius Alencar 29.set.25

    Em 28 de julho de 1978, tudo mudaria na Saint Laurent. Foi nessa data que Yves deixou a Avenue Marceau para apresentar no Hôtel Intercontinental. Lembro desse marco porque Anthony Vaccarello já havia homenageado essa fase ao recriar as icônicas luminárias em cascata e, agora, para o verão 2026, trouxe de volta outro símbolo: o logo feito de flores, assinatura da casa do fim dos anos 1970 até o início dos 1990, que sempre decorou as passarelas.

    Na época, o WWD cravou: “Yves says big shapes”. Os críticos menos entusiasmados diziam que parecia “uma Scarlet O’Hara abandonada”. Essa passagem me veio imediatamente à cabeça durante a transmissão do desfile de hoje: vestidos extravagantes, repletos de babados, nos quais as modelos tropeçavam, um claro eco dos chamados “anos Opium” na biografia de Yves.

    Outro detalhe que reforçou essa memória foi a escolha de colocar modelos negras como protagonistas, lembrando a força que tiveram nos anos 1980 musas de ateliê e passarela como Katoucha Niane, Mounia Orosemane e Amalia Vairelli, as favoritas de Yves. Vaccarello evoca esse espírito de rebeldia, liberdade e transgressão, no bloco inicial todo em couro, ainda que a silhueta agora soe rígida… às vezes até excessivamente.

    O fato é que Anthony chegou onde chegou justamente por olhar fundo nos arquivos. Ele é, sem dúvida, um dos nomes fundamentais desse movimento de reativar a história na moda contemporânea. Eu amo a nostalgia, mas fica a pergunta: será ela o único ingrediente para materializar a moda do agora?

    A beleza está toda ali, claro. Mas a emoção não nasce só do já vivido. E talento para escrever o drama do presente Vaccarello tem – e tem de sobra.

    Não deixe de ver