Na cena global da moda, poucos eventos conseguem unir estética impecável e compromisso ambiental como a Copenhagen Fashion Week. Mais do que uma vitrine de tendências escandinavas minimalistas, o evento se consolida como referência em moda responsável. Além de claro, entregar um novo olhar para o luxo consciente.
Durante a temporada primavera/verão, os desfiles em Copenhague não apenas exibem silhuetas elegantes e tecidos fluidos, mas reforçam um posicionamento claro, a sustentabilidade é o novo statement da moda de alto padrão. Ali, marcas só sobem à passarela após cumprirem 19 requisitos de responsabilidade ambiental. Incluindo uso de materiais reciclados, rastreabilidade da cadeia produtiva e banimento de peles animais.
Inspirada por esse modelo inovador, a especialista em sustentabilidade e CEO da fashion-tech Etiqueta Certa, Karine Liotino, compartilha dicas práticas para um consumo mais consciente no Brasil. “Moda responsável é sobre impacto positivo. E esse impacto começa com informação e decisão: o que eu compro, de quem, e como uso e cuido das minhas roupas”.
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Segundo Karine, a etiqueta da roupa funciona como o CPF da peça. Ela informa composição, origem, cuidados de lavagem e até dados sobre o fabricante. Ao seguir as instruções corretamente, você prolonga a vida útil da peça. O que significa menos descarte e menos compras desnecessárias.
Assim como a CPHFW promove a circularidade, os consumidores brasileiros podem adotar atitudes simples: comprar em brechós, doar ou vender o que não usam, escolher fibras recicladas ou peças de deadstock. Com informações de etiqueta em mãos, é mais fácil direcionar roupas para reciclagem ou upcycling.
Marcas que abrem seus processos produtivos e investem em moda local e ética, estão ganhando espaço no Brasil. De acordo com o Índice de Transparência da Moda Brasil, organizado pelo Fashion Revolution, é uma ótima ferramenta para quem quer saber quais empresas estão comprometidas com o impacto socioambiental.
Na CPHFW, rastreabilidade é regra. No Brasil, iniciativas como o SouABR, do movimento Sou de Algodão, permitem que consumidores conheçam a origem do algodão usado em diversas peças vendidas no varejo nacional.
Roupas resistentes, versáteis e de fácil manutenção são apostas inteligentes. Elas reduzem a necessidade de novas compras e colaboram com o planeta. Mas é claro, tudo sem abrir mão do estilo.
Por fim, peças de segunda mão carregam história, autenticidade e um impacto ambiental reduzido. Brechós e bazares são o lugar perfeito para encontrar achados fashion com propósito.