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    Helder Rodrigues. foto: divulgação

    Helder Rodrigues: beauty artist fez da beleza um negócio

    Da carreira iniciada sem querer até o portfólio de uma marca própria com 42 produtos e, agora, loja própria, em SP.

    Helder Rodrigues: beauty artist fez da beleza um negócio

    Da carreira iniciada sem querer até o portfólio de uma marca própria com 42 produtos e, agora, loja própria, em SP.

    POR Vinicius Alencar

    Mineiro de Pouso Alegre, Helder Rodrigues não planejou ser maquiador — caiu nesse mundo quase por acidente, como ele mesmo diz, “um acidente feliz da vida”. Aos 18 anos, recém-chegado em São Paulo e sem nenhuma experiência, virou assistente de Robert Estevão. Desde então, não parou mais: criou uma assinatura própria baseada na valorização da beleza real, virou nome recorrente nos bastidores dos desfiles mais importantes do país e, mais recentemente, fundou a Herô, sua marca de cosméticos com identidade clara, comunidade fiel e agora também endereço físico. Com leveza, carisma e muita dedicação, ele vem desenhando uma carreira que une visão artística, alma empreendedora e — talvez o mais importante — uma escuta sensível sobre o tempo em que vivemos e sobre o que as pessoas realmente precisam.

    Helder, como tudo começou, como decidiu se tornar maquiador… teve uma formação ou foi auto didata?

    Olha, eu virei maquiador meio que por acidente feliz da vida! Me mudei para São Paulo e, até então, nunca tinha tido um emprego na vida, zero experiência, só a cara e a coragem. Foi aí que entrei como assistente do Robert Estevão, um maquiador incrível e meu amigo até hoje. Fiquei com ele por uns quatro anos e pouco… Foi praticamente uma faculdade intensiva de make. Comecei com 18 anos, e lá pelos 23 resolvi sair do ninho e voar solo, foi quando comecei minha carreira como maquiador independente.

    Tem algum formato que te agrade mais: editorial ou desfile? Ou ambos se realizam de formas diferentes?

    Eu sou apaixonado por desfile e por editorial, cada um tem seu charme, sabe? Acabei ficando bem conhecido pelos desfiles, e acho que tem um motivo além de só “fazer bonito”. Tem um desafio ali que eu adoro: coordenar uma equipe gigante, fazer tudo acontecer com 15 ou 20 profissionais de maquiagem e cabelo, tipo num desfile internacional que fiz no Rio pra Carolina Herrera. A pressão é real, a responsabilidade é grande, mas eu adoro esse papel de maestro do backstage. Me sinto muito seguro nesse lugar.

    Já o editorial é o meu momento poesia. Dias mais tranquilos, mais criativos, com uma equipe afinadíssima fazendo tudo fluir. É onde eu coloco minha visão, meu olhar artístico. Acho que o meu diferencial tá justamente nesse equilíbrio: responsabilidade de um lado, sensibilidade do outro. Tipo um maquiador multitarefa com alma de artista e cabeça de produtor.

    Como você define o seu trabalho, o seu estilo? No Brasil a maquiagem durante muito tempo foi visto como algo marcado, intenso, o acabamento natural é algo mais recente, né?

    A maquiagem com acabamento natural tá super em alta mesmo, eu fico mega feliz. Mas, sem querer bancar o “visionário”, eu já era fã lá atrás. Quando comecei minha carreira, há uns 13 anos, esse já era meu estilo, valorizar os traços, realçar a beleza natural, aquele clean makeup de verdade, sem esconder a pele, só deixando tudo mais bonito e fresco.

    Na época, isso acabou virando meu diferencial. Fui ficando conhecido justamente por esse tipo de make mais leve, mais real, e é muito legal ver que hoje isso virou tendência. Quem acompanha meu trabalho sabe. E o mais curioso é isso: as tendências levam um tempinho pra pegar mesmo. Então ver algo que você sempre acreditou finalmente sendo reconhecido como “o momento” é tipo… um abraço no coração! 

    E o desejo de ter uma marca para chamar de sua, como isso começou e quanto tempo durou da ideia inicial até tirá-la do papel?

    A vontade de ter uma marca sempre existiu, mas a faísca mesmo veio na pandemia. Aquele momento que a gente olha pra dentro e pensa: “Será que eu sou só o Hélder maquiador, ou tem mais coisa aí?” E tinha! No começo, a ideia nem era criar uma marca de cosméticos, acredita? Eu tava super animado pra fazer uma curadoria de objetos de decoração para casa. Mas aí amigos queridos me pontuaram algo que foi primordial na minha decisão: “Helder, você tem uma comunidade enorme que te acompanha, confia em você… Por que não uma marca de beleza?” E foi isso. Sem entender exatamente o tamanho da encrenca, digo, do desafio, eu fui lá e criei. Já se passaram quatro anos, e olha… é uma escola diária! Aprendo muito com cada etapa. E agora, com a abertura da loja física, é um marco lindo. Vem de um lugar de gratidão real, sabe?

    Tô feliz demais porque tudo tem acontecido no tempo certo. Eu acredito muito nesse crescimento mais orgânico e com alma. 

    Fachada da loja Herô Beauty em São Paulo
    Fachada da loja Herô Beauty, em São Paulo. foto: Ricardo Mucio

    O desejo de ter um espaço físico veio com a marca já na rua, certo? Lembro que você comentou que tinha essa necessidade de alguns clientes quererem experimentar antes de comprar… 

    A vontade de ter um espaço físico começou a bater forte de um ano pra cá. Na verdade, foi quase um pedido coletivo, nossos clientes (maravilhosos, por sinal!) começaram a falar: “A gente quer testar, ver a pigmentação, sentir o cheirinho, tocar!”. E aí caiu a ficha: por mais linda que a internet seja, ela ainda não dá conta de tudo. Um produto de beleza vai muito além do visual, tem textura, tem cheiro, tem experiência. E quando a marca é nova, esse contato físico faz toda a diferença. A gente percebeu que o ponto de venda precisava existir justamente para criar esse momento de conexão real com o produto. Então a loja física surgiu como resposta a esse carinho e essa curiosidade do público. E olha… tá sendo uma delícia ver tudo isso ganhar forma.

    Dentro da loja existe um spa facial, conta mais?

    Dentro da nossa loja tem um cantinho super especial que é o Face Bar, um clube exclusivo onde os membros têm acesso a um verdadeiro spa facial com técnicas medicinais de liberação da face, produtos e ações exclusivas. A pessoa senta, relaxa e já sai com efeito lifting, pele com outra textura e aquela sensação de “ai, precisava disso!”. 

    Esse projeto incrível foi idealizado pela Giovanna Casimiro com Raphael Bausch e euzinho, e veio junto com a abertura da loja, pra completar essa experiência que vai muito além de só comprar um produto. A gente unificou tudo num só espaço. Todos os tratamentos usam nossos produtos Herô, então é um reforço incrível do quanto eles têm performance real, na prática. 

    Atualmente a Herô tem quantos produtos? Quais os produtos mais procurados e que já podem ser considerados hit?

    Atualmente temos 42 produtos. Sem dúvida, os nossos produtos mais queridinhos são os Multi Balms. Eles estão com a gente desde o comecinho, lá atrás, quando ainda tinham uma textura mais sequinha e vinham em uma embalagem de papel super consciente. Hoje, eles ganharam uma fórmula mais cremosa, mais versátil, tudo isso com base nos pedidos da nossa comunidade, que é super fiel e sempre muito vocal (e eu amo isso!). Aliás, acho que esse é o verdadeiro segredo de uma marca: não é somente sobre o que eu acredito, mas sobre ouvir de verdade o que as pessoas estão querendo, sentindo, precisando. E eu levo isso a sério. Meu maior desejo é atender essas pessoas com produtos que realmente façam sentido pra elas. O Tônico Herbal e o Gel de Limpeza, por exemplo, são hits absolutos, a galera ama! O nosso lançamento mais recente, o Cleansing Oil, já tá se mostrando um sucesso também. Mas vou te contar um spoiler: o que eu acho que vai virar o novo super hit são os nossos produtos com base de mushroom, que chegam agora entre agosto e setembro. Tô apostando muito neles… e olha, vem coisa boa por aí! 

    E, por fim, teria alguma dica ou conselho para quem está querendo começar a trabalhar no mundo da beleza?

    Se eu pudesse dar uma dica pra quem quer entrar no mundo da beleza, seria: gruda num profissional que você admira! Sério, acompanhar de perto é a melhor faculdade que existe, e eu arrisco dizer isso pra qualquer área, viu? Na prática é onde a mágica acontece, onde você realmente entende os bastidores, os perrengues e os pulos do gato.

    Mas não para por aí. Não se limite só ao que a internet entrega de bandeja. Vá além: leia livros, visite exposições, assista filmes, viaje (nem que seja no documentário do streaming). A inspiração tá por aí, escondida nos lugares mais improváveis, e às vezes ela aparece onde você menos espera, tipo numa conversa de fila ou numa cor que viu no supermercado.

    Ah, e talvez o conselho mais importante: paciência! Muita paciência. A beleza, assim como qualquer carreira, leva tempo. Cada aprendizado tem seu momento. Vai no seu ritmo, com consistência, porque a hora certa chega pra todo mundo.

    A Herô Beauty fica na Rua Fernão Dias, 604, em Pinheiros.

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