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     Entrevista: Silla Filgueira

    Em conversa com FFW, estilista conta sobre sua trajetória, vivência e próximos passos, o que inclui o primeiro ponto de venda físico

    Sillas Filgueira. foto: florian Boccia (reprodução Instagram)

     Entrevista: Silla Filgueira

    Em conversa com FFW, estilista conta sobre sua trajetória, vivência e próximos passos, o que inclui o primeiro ponto de venda físico

    POR Vinicius Alencar

    Ao conversar sobre o cenário baiano que tem se fortalecido e ganhado cada vez mais espaço, um nome sempre está presente: Silla Filgueira. Quando encontramos Daniela Falcão e Rener Oliveira, da plataforma Nordestesse durante a última edição do SPFW e em eventos recentes, o nome da estilista e modelista sempre vinha de uma forma ou outra.

    Exímia modelista e autodidata, a soteropolitana percorreu um longo percurso de auto aprendizado até chegar em sua marca homônima, que desfilou pela segunda vez na Casa de Criadores, sendo um dos nomes mais aguardados. Em vias de ter seu primeiro ponto de venda físico – dentro da multimarcas do projeto Nordestesse que ganhará vida no shopping Barra, em Salvador –, Silla relembra sobre sua trajetória e revela como sua vivência sendo mulher trans influencia seu trabalho com sensibilidade e força.

    Vale destacar que a designer se chama Silla, mas a marca acompanha o “s”, sendo Sillas Filgueira.

    ​Silla como iniciou a sua relação com moda?

    Eu sou autodidata, e comecei minha carreira na moda aos 5 ou 6 anos de idade, quando ia na porta de bares à procura de palitos de fósforo e canudos plástico, matéria que comecei a montar as minhas primeiras coleções. Nas minhas mãos eram meus brinquedos. Mais tarde comecei a desenhar, por volta dos 12 anos, fazia bonecas em papel e vestidos em cartolina, cortava e colava… assim tudo começou.

    Qual foi o primeiro trabalho? Antes de lançar sua marca própria, você passou por algumas marcas da Bahia, certo?

    O meu primeiro grande destaque como estilista foi em um concurso de novos estilistas aqui em Salvador, realizado por um shopping local. Aí comecei a trabalhar em uma fábrica de jeans, meu primeiro grande trabalho, e na sequência dividia o turno com uma fábrica de marca feminina.

    A modelagem é parte fundamental de um roupa e todos elogiam sua modelagem. Como você se tornou essa expert em modelagem?

    A modelagem surgiu na minha vida em plena pandemia, onde passei por muitas dificuldades, até uma pessoa bater a minha porta e me perguntar se eu era modelista, então eu disse que sim, por lembrar de ter duas noites sem ter o que comer e por estar passando por todo aquele momento de incertezas. Com um ano fazendo modelagem completamente autodidata, eu comecei a chamar atenção da imprensa e alguns nomes da moda.

    Sillas Filgueira-
    Casa de Criadores #52
    Foto: Marcelo Soubhia / @agfotosite

    Qual parte mais gosta da profissão?

    O que eu mais gosto na minha profissão é brincar de fazer o que eu faço. Para mim, criar, modelar, cortar e bordar é uma grande diversão.

    Quais foram os maiores desafios que enfrentou na profissão até agora?

    O meu grande desafio é me impor como uma pessoa preta, periférica, transsexual, em um país com índice altíssimo de mortes de LGBTQIA+, eu sou uma sobrevivente. E é sempre preciso fazer tudo melhor para que me vejam, me respeitem e que isso seja reconhecido, que os que trabalham comigo também sejam respeitados e que isso gere renda para as minhas costureiras e amigas.

    Como funciona o processo de criação de cada coleção? Varia muito ou segue sempre da mesma forma?

    O meu processo de desenvolvimento acontece sempre através de sonhos, pode parecer lúdico, mas é real. Na viagem de volta para casa, depois do desfile da Casa de Criadores, eu tirei um cochilo no voo e vi formas, texturas e volumes. Hoje sonhei com o nome da próxima coleção e as cores.

    Fiquei sabendo que está em vias de abrir um espaço físico próprio. Poderia falar mais sobre isso: quando, onde, etc… 

    Neste momento farei parte da loja colaborativa do grandioso projeto da Daniela Falcão, o Nordestesse, que abre as portas em Salvador, no shopping Barra, qual iniciei minha trajetória na moda em 2005, sensação de estar voltando para casa.

    Tem algum plano futuro além da loja que queiram destacar?

    O meu grande projeto é me tornar gigante, fazer a moda que acredito, inspirar pessoas como eu, pessoas que gostam de moda.  Quero gerar renda para famílias e muito empregos, quero valorizar a mão de obra local e a minha comunidade.

    Hoje suas peças podem ser encontradas onde? 

    São criadas sob demanda, no e-commerce e no Instagram. Estamos fazendo os ajustes finais do site para melhor atender a todos os clientes e divulgar a coleção da Casa de Criadores.

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