Em poucos minutos na rede vizinha, ou até mesmo aqui, notamos uma obsessão atual por uma peça bem específica: os jorts – o termo antes limitado a clássica bermuda jeans que ultrapassa o joelho foi se expandindo para todos os modelos amplos e super bold. Da versão cargo com pegada utilitária aos modelos emprestados das quadras de basquete, há mil possibilidades dominando as ruas neste verão do Hemisfério Norte – e que tinham aparecido em algumas marcas que sempre olham para o streetstyle, como Martine Rose, Louis Vuitton e Givenchy.

O mais curioso foi a resposta bem explícita das passarelas na mais recente temporada para o verão 24 para a proposta que dominava as ruas, ela foi, claro, a antítese: shorts ultra curtos, feitos com materiais nobres, possuindo corte e acento de alfaiataria.

Da Prada a Dior, eles apareceram aos montes e dividiram opiniões nas caixas de comentários aqui no FFW: “são poucos os corpos que podem aderir isso”, “apenas quem tem 1.80 e 60 quilos podem usar shorts desse tamanho sem parecerem ridículos” disseram alguns de nossos leitores.

A verdade é que independente dessas leituras, aqui está um bom exemplo de como a engrenagem da moda funciona hoje: a proposta da passarela coexiste com o que vemos nas ruas. Em um momento que as redes sociais possuem um indiscutível poder de suscitar desejos, até que ponto marcas high end realmente influenciam escolhas atualmente?