Será que as fidèles da Chanel anseiam por tantas inovações, novas ideias, diferentes silhuetas e tendências? A resposta acredito que seja um pouco explícita. Claro, esperamos sempre o deslumbre e o desejo, mas o que faz a moda seguir são os números e estes estão bem, obrigado – seja na perfumaria, beleza, acessórios ou roupas.
Caroline de Maigret, Vittoria Ceretti e Amelia Gray abriram a apresentação que revela esse momento mais effortless da Chanel sob a criação de Virginie Viard – ao invés de cenários artificiais grandiosos, a cidade de Paris em si foi escolhida. Sem filtros e, ao seu modo, real. Ao colocar uma modelo passeando com o cachorro usando alta-costura, Virginie quer nos falar algo.
Extremamente casual, descomplicada e trivial, as peças caminham por um romantismo urbano e introspectivo, por mais que as cestas de vime estejam estrategicamente posicionada com flores (que também ornamentam boa parte dos bordados e estampas da coleção como no tailuer da brasileira Mahany), as roupas são contidas e para serem usadas não apenas em ocasiões ultra especiais, mas no dia a dia também, por que não? Afinal, hoje, há tempo de se esperar para o especial?