Na última temporada feminina, um comportamento se tornou latente: olhar para o trabalho. E o universo corporativo foi ganhando cada vez mais interpretações – com um leve empurrãozinho do famigerado e cansativo “quiet luxury” e a recente obsessão da moda por marcas como a Carhartt. Silvia Venturini, diretora criativa da Fendi, no entanto, fez uma reinterpretação para além do formal – não que a alfaiataria não estivesse ali –, e conseguiu inserir um novo olhar ao workwear.
Modelos apressados com cafés em mãos, pastas e cintos utilitários. Estão voltando do almoço, atrasados para o trabalho ou correndo para casa após um longo expediente? Não que haja glamour na rotina 9 to 5, mas há uma série de elementos que conseguem atrair olhares, mesmo que seja na hora do rush. O denim encorpado com o couro ultra macio; jalecos, jardineiras, ternos e uniformes em modelagens inesperadas, que descaracterizam sem perder sua essência funcional.
Bolsos por todos os lados, um azul dos uniformes fabris mas em versão deluxe, uma alfaiataria um tanto exibicionista – ótimos separantes para o happy hour, quando o blazer é deixado de lado e esse homem idealizado pela marca revela seu lado mais flamboyant e arrojado, digamos assim. No exercício de desencaretar a sisudez milanesa, a Fendi, sem dúvidas, é uma expert.