FFW RADAR: BALIEIROS, Vinda de Brasília a artista conta de onde surgiu e onde pretende chegar.
Uma trajetória experimental que já passou desde cerâmica a peças de roupa, Fernanda Balieiros, se encontrou no design de joias e contou ao FFW sobre suas referências, processo criativo e vontades para a marca.
FFW RADAR: BALIEIROS, Vinda de Brasília a artista conta de onde surgiu e onde pretende chegar.
Uma trajetória experimental que já passou desde cerâmica a peças de roupa, Fernanda Balieiros, se encontrou no design de joias e contou ao FFW sobre suas referências, processo criativo e vontades para a marca.
Quem é você e o que você faz?
Eu sou a Fernanda, faço joias e também sou a pessoa idealizadora e responsável pela Balieiros. Sou de Brasília mas estou morando em São Paulo há 6 anos.
Como você trabalha?
Eu trabalho fazendo jóias entre minha casa e um ateliê do lado de casa, na região da Vila Mariana em São Paulo. Faço tudo a mão, coloco uma música, acendo um incenso e sento na bancada pra trabalhar. Deixo fluir, não me obrigo a passar um numero x de horas por dia fazendo uma coisa, até porque tem dias que a inspiração não vem e é melhor respeitar o processo.

Qual seu papel como artista na sociedade?
Acho que mostrar que pode ser seguro se expressar e que você pode fazer as coisas do seu jeito. Não precisa ser perfeito pra ser legal, na realidade as vezes é bem mais legal quando você busca a sua forma de fazer e mostra um pouco da sua personalidade nas suas coisas.
Acho que o que mais mudou com o tempo é que fiquei bem mais responsável em relação às demandas da Balieiros, sei o que tem que ser feito e faço sabe?
Qual trabalho você mais gosta de fazer?
O que eu mais gosto de fazer é esculpir a cera. Eu faço as joias primeiro em cera e depois fundo no metal. A parte da cera pra mim é muito gostosa porque eu posso fazer o que eu quiser, é um processo criativo e livre.
E na real eu gosto de poder criar, poder passar uma ideia abstrata que estava na minha cabeça para a realidade. Gosto também do contato com as pessoas, tenho conhecido muitas pessoas incríveis através da Balieiros.
E a principal pesquisa pra mim vem de observar pessoas. Sou muito observadora, costumo muito mais observar do que falar, gosto de entender porque alguém está fazendo o que está fazendo. Mas o melhor é quando eu encontro alguém que por algum motivo considero muito inspiradora.
Como surgiu a ideia de criar suas peças dessa forma?
Eu nunca fui uma pessoa muito perfeccionista, tenho a maior dificuldade do mundo em fazer coisas retas e pra mim fazer joalheria clássica não ia funcionar porque é tudo muito perfeitinho e tem que ficar tudo reto e um igual ao outro. Então comecei a fazer as peças da forma que era divertido pra mim, sem muitas regras, seguindo minha intuição. E deu nisso, peças mais brutas, tortas, parecendo que estão derretendo ou que tem algo meio errado mas que de alguma forma são agradáveis esteticamente.
A minha maior influência em estética com certeza é a minha vó porque ela é bem parecida comigo, não consegue fazer nada perfeito. Mas ela faz do jeitinho dela e no fim fica tudo lindo. Minha avó borda colchas, painéis, toalhas… Outra coisa que me influencia são as formas que eu vejo na natureza e seus elementos, principalmente a água.
Um recado para quem almeja trabalhar na área.
Seja persistente com o que você acredita, porque muitas vezes parece que as coisas não estão fluindo e da vontade de desistir. Às vezes parece que estamos evoluindo pouco, porém, quando junta o pouquinho de cada dia, faz uma grande diferença. Então, só continue.
Meus planos são expandir a marca e começar a vender em alguns pontos físicos por que por enquanto só vendemos online e fazer com que a Balieiros tenha um alcance global.
Onde as peças podem ser encontradas?
No perfil do Instagram (@balieiros_) e no site Balieiros.com.br