A Prada desfilou hoje sua nova coleção de Inverno 22/23. Uma “comemoração da vida e do viver”, a coleção busca valorizar os pequenos momentos e a história da marca, bem como a história das mulheres e da figura feminina. Para representar isso, ela mostrou em sua página vídeos homenageando as modelos que desfilaram hoje, como Rianne Van Rompaey, Liya Kebede, Victoria Fawole, Mica Aragañaraz, Erin O’ Connor, Chu Wong, Amanda Murphy, Anok Yai, Kaia Gerber e Kendall Jenner. São vídeos caseiros das infâncias dessas modelos, como uma saudação respeitosa à profissão de modelo, um movimento importante em uma época em que cada vez mais celebridades ocupam as passarelas.
Falando das roupas, a coleção parece uma elevação do masculino, desfilado mais cedo neste ano, inclusive sob o mesmo cenário e ótica.
Quase que como uma resposta às críticas recentes de que Raf Simons estaria mudando demais a marca e o trabalho de Miuccia estaria ficando mais tímido, esta coleção se aproxima bastante do que a Prada essencialmente é. As experimentações nas peças e nos tecidos, como o as malhas de fio metalizado tecnológico que sobrepõe os vestidos, as plumas, pelúcias e pelos nas mangas dos casacos aparecem aqui. Vale também destacar os complexos bordados de flores sobre saias transparentes e bombers.
Já as silhuetas são mais acinturadas e de ombros mais proeminentes, os casacos à lá Matrix que vimos no masculino recebem cores mais fortes, como o rosa pink ,e os blazers são combinados com saias de comprimento no meio da canela, como um novo uniforme de trabalho a lá Prada. Chama atenção a beleza e o cabelo assinado por Guido Palau, que dá uma forma alienígena às cabeças das modelos, que saem do túnel sci-fi de Miuccia e Raf.