Por Isadora Almeida @almeidadora
As oito escolhas de nossa colunista de música você descobre toda sexta-feira aquiv
Majur – Ojunifé
Ojunifé é o álbum de estreia da baiana Majur. Em onze faixas a cantora mistura estilos que esbarram no afropop, MPB e eletropop, um encontro rico de sons que talvez seja justificado pelo trabalho ter na produção Ubuntu e na co-produção Dadi Carvalho. As participações de Liniker e Luedji Luna em “Ogunté” e “Rainha de Copas” se destacam como pontos altos. A belíssima capa tem Thasya Barbosa como designer e foto de Marcos Florentino e Kelvin Yule, da dupla Marvin.
Torres – Don’t Go Puttin Wishes in My Head
“Don’t Go Puttin Wishes in My Head” nasce como o registro mais viciante que a cantora norte-americana TORRES lançou nesses quase dez anos de carreira. A música começa mais tímida e por momentos lembra algo entre Bat For Lashes e Sharon Van Etten, segundos depois em uma escalada épica encontra guitarras que soam gigantes, e habita em um rock clássico que emana a mesma energia de quando o The Killers tanta emular Bruce Springsteen. Delicioso single que anuncia o novo álbum Thirstier, lançamento da Merge Records para 30 de julho.
Dora Morelenbaum – Vento de Beirada
É tão potente ouvir um registro que nasce clássico, e aqui mais do que nunca isso significa nascer sem tempo, lugar, ainda que ocupe o espaço e tempo que quiser. Dora Morelenbaum, cantora carioca traz em três faixas cirúrgicas o que música brasileira e mundial tem de mais bonito, fazendo aquele tipo de canção que conversa com a alma, ativando outras camadas de sentimentos, aqueles que não nos transbordam todo dia. O EP Vento de Beirada é produzido pela própria artista, a incrível Ana Frango Elétrico, Lucas Nunes e Guilherme Lírio.
Squid – Bright Green Field
Mais uma banda britânica que vive do revival post-punk? Sim!
O Squid se formou em Brighton no ano de 2017 e agora lança o álbum de estreia Bright Green Field em que condensa rock experimental, krautrock, algumas camadas de math rock e até mesmo jazz, encerrando de certa forma um capítulo que a cena inglesa vem escrevendo nos últimos 5 anos. Com um baterista-cantor os jovens elevam o senso de urgência musical, o que deixa a experiência ainda mais catártica. Produção assinada pelo “cara do momento”, Dan Carey. Lançamento da Warp Records.
Max Bloom – Palindromes
Max Bloom (ex-Yuck) lançou essa semana “Palindromes” o segundo single de seu álbum solo Pedestrian, que sai dia 18 de junho. Indie rock romântico de primeira pra quem gosta de uma guitarrinha melódica e de letra que nasce como declaração de amor. Lançamento no Brasil pela Balaclava Records.
Isabel Lenza
Seguindo os momentos de MPB ensolarada que artistas como Céu, Bárbara Eugênia e Tulipa Ruiz já nos presentearam ao longo de suas carreiras, agora é a vez de Isabel Lenza trazer a luz dourada, o mormaço de um fim de tarde e a delícia de uma doce vingança, enquanto ela crava a frase “serei um imenso verão”. Mesmo que quente, a música vem como um sopro de ar delicioso nessa história que promete o desabrochar de uma mulher no próximo verão.
Gustavo Bertoni, Giovanna Moraes – Como Queria Te Deixar Entrar
Parceria inédita entre Gustavo Bertoni e Giovanna Moraes dá vida a “Como Queria Te Deixar Entrar”. A letra de Giovanna ganhou forma musical com o arranjo de Gustavo, que canta em português pela primeira vez em carreira solo, ótima surpresa. A música, assim como o clipe foi feita pelos dois de maneira orgânica e rápida, o modo diy que esse momento nos obrigada a seguir. Até que tem suas vantagens, certo? Lançamento Slap.
Giovani Cidreira (GIO) – Nebulosa
O músico baiano Giovani Cidreira conhecido por trabalhos como o álbum Japanese Food (2017) e a mixtape Mix$take (2019) volta agora com novo single e novo nome. “Nebulosa”, a nova faixa do cantor que agora assina apenas como GIO, traz um R&B eletrônico que soa torto e delicado formando uma cama sonora para uma voz cheia de efeitos que canta sobre amor. Lançamento do RISCO.