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    Texto do leitor: o impacto do Coronavírus na indústria da moda
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    Texto do leitor: o impacto do Coronavírus na indústria da moda
    POR Redação

    Por Gabriel Green Fusari, em colaboração para o FFW

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    Desde o anúncio da epidemia do Coronavírus, uma infecção mortal do sistema respiratório que surgiu na região de Wuhan, na China, a indústria de moda têm se mostrado preocupada. O motivo porque o mercado chinês é responsável por 90% do aumento do capital de grandes marcas desde 2018, como informa o Financial Times

    Há dois anos, a indústria do luxo registrou um aumento de 5% de lucros em suas ações, arrecadando cerca de 23 bilhões de euros, como indica o estudo de mercado de luxo encomendado pela Fundação Altagamma. Mesmo durante protestos políticos na China, sobre o plano de extradição de pessoas para a China Continental, o país conseguiu manter estável o consumo de bens de luxo. Isso aconteceu por conta da chefe executiva de Hong Kong, Carrie Lam, em conjunto ao governo chinês para manter as manifestações violentas, que afastavam clientes e turistas, fora da área empresarial da cidade-autônoma.

    Uma pesquisa de mercado feita pela RBC Capital Marketing prevê uma queda de 10% no consumo chinês durante o primeiro semestre do ano de 2020, que terá impacto de 2% nas receitas dos conglomerados de moda presentes na China. A LVMH, que é um deles, teve baixa de 4% nas ações, enquanto a Kering, que controla marcas como Saint Laurent e Gucci, viu suas ações despencarem 8%. Em uma coletiva de imprensa, Bernard Arnault, chefe executivo da LVMH, disse que suas vendas entre janeiro e fevereiro de 2020 serão afetadas, mas se o vírus morrer em até dois meses e meio, os impactos serão menos terríveis.

    De acordo com dados do governo chinês, os cidadãos gastam em torno de US$ 74 bilhões em viagens durante o Ano Novo chinês, que têm duração de sete dias e é considerado o maior feriado de migração de pessoas no mundo. Porém, a prefeitura de Pequim anunciou no dia 23.01 que as festividades haviam sido canceladas para evitar a proliferação da doença.

    O consumidor chinês é responsável por 35% das compras de bens de luxo e, em sua maior festividade, grande parte dos moradores ficarão em suas casas por precaução, o que faz o impacto econômico ser maior ainda. O governo chinês recomenda que estabelecimentos não essenciais, como bares, restaurantes e lojas não abram durante a tentativa de controle da doença.

    Para o Financial Times, Joëlle de Montgolfier, diretora da empresa de consultoria de luxo Bain & Company, disse que o Coronavírus dará um forte golpe no mercado. Os chineses não irão comprar no mercado interno, por conta da quarentena, e não comprarão no mercado externo, já que vias terrestres, marítimas e aéreas estão sob quarentena:  “O povo chinês não só comprará menos no mercado interno durante a principal temporada de compras de Ano Novo, como também precisará cancelar as viagens ao exterior, durante as quais costumam comprar produtos de luxo”.

    Na última década, a China cresceu por conta de sua estratégia na produção de bens de consumo que, em muitos casos é proveniente da exploração de trabalhadores. Hoje ela é considerada a segunda maior economia do mundo, com PIB de US$ 14.941,148 (dados de 2018), ficando atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

    Essa é a segunda vez que a China tem um impacto na economia por conta de uma doença viária. A primeira foi entre 2002 e 2003 com o surto de SARS, a síndrome respiratória aguda grave, que resultou em mais de oito mil casos da doença e 800 mortes no mundo todo.

    *Gabriel Green Fusari é aluno de jornalismo na UFMT

    Os artigos assinados são de exclusiva responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião deste site.

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