Lolita Hannud mostrou sua coleção de inverno para uma plateia lotada de top blogueiras sedentas por suas novidades. E o desfile é mesmo um prato cheio para essas meninas de alta manutenção e com uma vida urbana e agitada. Como Lolita me contou no backstage, “é uma roupa para a mulher moderna que sai de casa a vai à luta”.
Foi em uma viagem a Praga que ela se deparou com o trabalho artesanal feito em metal nas armaduras medievais. A figura de Joana D´Arc entra como representação de uma mulher forte. Em seu moodboard no camarim, imagens de detalhes de armaduras, de malhas de aço e catedrais góticas.
A coleção se desenvolve com o tricô, que faz parte do DNA da marca, de uma forma sofisticada e um bom trabalho com os materiais, que ela buscou no Japão (os fios metalizados), e na Itália (os fios com textura mais felpudinha). São poucas cores, porém bem escolhidas e um shape que valoriza a silhueta das meninas Lolitta e ainda encontra ecos na moda contemporânea jovem, com cumprimento midi, tops cropped e vestidos curtinhos.
Lolita alcança bons resultados de uma forma geral. A edição está concisa, nada falta tampouco sobra, ela conhece seu público e faz o tipo de roupa que ele deseja. Esse desfile mostra uma evolução em seu trabalho como estilista no bom desdobramento de um tema, com começo, meio e fim. Muitos looks do dia em breve.
Ps: trilha linda de Max Blum com a nova música do Chromatics, “Shadows”. (CY)

























Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite
























