A Uma está cada vez mais se tornando um oásis para os adeptos da moda minimalista.
Poucas cores, roupas lisas, mas com cortes, construções e texturas que a tiram do lugar comum. Nesta temporada Raquel está inspirada por sua recente experiência em Nova York, onde acaba de abrir uma loja da Uma. Olhando o vai e vem nas ruas, a forma como as pessoas se movimentam, um clima eclético no vestir, com sobreposições que se adequem ao frio-quente (entra no metrô, sai na rua, etc) e a questão da mobilidade, ela criou uma coleção versátil, descomplicada, confortável e com uma ênfase forte nas sobreposições, na mistura dos materiais e os efeitos que algumas técnicas podem causar na roupa.
A coleção faz uma transição fácil da passarela para as ruas. Um mantô de lã se transforma em uma jaqueta, as botas fazem papel de legging, o plissado é na verdade um amassado, o moletom aparece misturado com materiais nobres, como seda e couro e os tingimentos são exclusivos (“aqui não temos nada, não há novidades, tecidos em cores novas, tudo temos que criar e desenvolver”). Vale destacar as lindas peças de suede com película de foil e a cartela de cores enxutíssima - e suficiente.
As transformações dos materiais também rendem bons momentos. Um moletom, por exemplo, passa por um processo de corrosão e ganha um ar mais desgastado e manchado. “Essa imperfeição faz parte da história”, disse, em uma conversa no backstage antes do desfile. O imperfeito da Uma parece perfeito pra gente andar por aí em qualquer inverno, em qualquer megalópole. (CY)







































Foto: Zé Takahashi / Ag. Fotosite






































