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    FFW testa o Método Abramović, de Marina Abramović
    FFW testa o Método Abramović, de Marina Abramović
    POR Redação
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    Método Abramović: à frente, o exercício em que os participantes ficam deitados e, ao fundo, um grupo fazendo a caminhada em câmera lenta ©Divulgação

    E agora? Estou aqui deitada com esses fones que não me deixam ouvir nada além do meu coração batendo no ouvido direito, sem conseguir escutar nem a minha própria respiração. Estou com fome e não vou saber nem se a minha barriga começar a roncar! E se eu pegar no sono? E se eu roncar? Um ronco que só os monitores vão saber, porque nem eu mesma vou ouvir.

    Isso era a minha cabeça dando voltas no primeiro dos quatro exercícios do Método Abramović, que testei em uma versão para a imprensa de 15 minutos — a normal tem duas horas de duração — nesta segunda-feira (09.03), dia da abertura da exposição “Terra Comunal”, em São Paulo. Lembrei então do aquecimento que tínhamos feito antes de passar para as etapas do método em si: uma série de exercícios simples, muitos deles de respiração. Respirei fundo várias vezes e me concentrei para parar de pensar em coisas mundanas — na expectativa da mudança de apartamento, no tumor da minha gata que não come mais e, principalmente, parar de olhar para os lados na tentativa de captar detalhes para este relato.

    O “detalhe” mais importante para captar não estava em nada à minha volta, mas dentro de mim. Naquele momento, entendi as pessoas que sentavam em frente a Marina Abramović em sua performance no Moma, em Nova York, e choravam. Não se trata de sentir algo diferente só por estar com ela, mas de não ter como fugir de estar consigo mesmo. Não é todo dia — na verdade, não é toda semana nem mesmo todo mês — que a gente tem um tempo para ficar sozinho apenas com o nosso eu, sem nenhum tipo de interferência, como a TV ligada ou o barulho de um carro que passa na rua. E quando a gente tem um tempo como esses, é difícil não pensar nas questões que mais nos afligem, sejam elas boas ou ruins. Mas é um momento ímpar nos dias de hoje.

    E essa é a reflexão no fim das contas. Será que nosso mundo corrido, multitask e superconectado nos privou de nos conectarmos com nós mesmos? Aliás, qual seria a diferença do Método Abramović para práticas como a meditação e a yoga? Ela mesma responde: “a diferença é que está no museu”. E, sim, isso faz toda a diferença. No momento em que leva a meditação para um espaço de arte, ela nos intriga a pensar sobre isso. Deixa de ser apenas uma prática e vira algo que nos faz refletir sobre nosso modo de vida. E o que é a arte se não o questionamento sobre nossos costumes?

    + Veja a matéria com o serviço da exposição “Terra Comunal”, de Marina Abramović

    Atenção: as vagas para o Método Abramović pelo site do Sesc estão esgotadas, mas a organização do evento informa que os interessados podem ir para a fila de espera na data em que quiserem participar. Em breve, outro lote de vagas será aberto pelo site, e o Sesc comunicará na ocasião.

    Clique na galeria para ver mais fotos do Método Abramović.

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