Lea T, que é queridinha da redação FFW, desfila com exclusividade para Alexandre Herchcovitch na noite deste sábado. Chegou à Bienal à tarde, vivendo um dia de Gisele Bündchen: enquanto andava, uma multidão de fotógrafos e jornalistas corriam e gritavam ao seu redor_com direito a puxões. Chegou ao backstage a salvo, mas com cara de assustada.
Passada a comoção inicial, _e muito tempo em pé esperando para poder entrar_ chega a hora da entrevista e dois avisos: Não poderia ser abordado o assunto “sexualidade” (Lea T. é transexual), devido um contrato, e só seriam permitidas cinco perguntas. Pouco para uma personagem tão interessante, e com tanto para falar, como ela.
Como era sua rotina de trabalho com o Ricardo Tisci, quando você era assistente dele?
O Ricardo era como um professor, ele me ensinava muito, mas eu já tinha uma base de desenho, que estudei em Milão. Eu ajudava bastante na parte criativa.
E como surgiu o convite para a campanha da Givenchy?
Eu tinha me demitido da Givenchy há bastante tempo, e estava passando por um momento muito triste, e o Ricardo resolveu me ajudar. E aí me chamou.
O que mudou na sua rotina, depois da campanha?
A mudou muita coisa, né. Agora tenho que ficar atenta à alimentação, ao cabelo, à pele, ao peso. Essas coisas, que na verdade são uma bobeira, são estúpidas.
Qual sua altura e seu peso?
Tenho 1,81 e não sei direito quanto peso, acho que 59 kg.
Como você gostaria que as pessoas te vissem hoje, e como você gostaria que elas se lembrassem de você quando você partir?
Que pergunta difícil! Quero que elas me vejam como eu mesma, sem pretensões. E quero que se lembrem de mim como uma pessoa normal.