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    Editor da “Marie Claire” italiana fala sobre potencial das criações brasileiras
    Editor da “Marie Claire” italiana fala sobre potencial das criações brasileiras
    POR Camila Yahn

    O editor da “Marie Claire” italiana, Antonio Mancinelli, com seu blazer Moschino ©Juliana Knobel/FFW

    Antonio Mancinelli, editor de notícias e atualidades da “Marie Claire” Itália, está no SPFW pela primeira vez, observando com olhos europeus os caminhos da moda brasileira. O jornalista, que anteriormente trabalhou para a “Vogue”, “Elle” e “Vanity Fair”, ficou maravilhado com a organização e a beleza do evento paulista e, com a atmosfera que se vive atualmente no Brasil, aconselhou-nos: “Sejam criativos e livres porque em um ano, vocês vão ser a nossa inspiração”.

    Charmoso à boa maneira italiana, em um blazer multicolor da Moschino e uma gravata de inspiração McQueen, Mancinelli, autor das duas edições dos livros sucesso de vendas “Fashion Box”, dá as boas vindas ao Brasil e às criações brasileiras na Itália que, para ele, está de braços abertos a novas marcas, ideias e criações.

    Antonio conversou com o FFW no Clube SPFW e falou um pouco sobre a sua visão e a sua carreira.

    É a primeira vez que está no Brasil?

    Não, mas é a 1ª vez que a “Marie Claire” italiana segue o Brasil em desfiles de moda, especialmente o SPFW. Nós decidimos olhar o que está acontecendo no Brasil por duas razões: a Itália considera o Brasil como o novo lugar para olhar. Porque há muito sinais. Eu sou muito ligado em arte contemporânea então já fui à Bienal de Veneza muitas vezes e acho que São Paulo está se tornando a nova Berlim da América do Sul. Muito criativa e muito diferente do momento tão difícil para a Europa e principalmente para a Itália.

    É interessante para mim porque moda é sempre o espelho de um país, de uma sociedade. A moda no Brasil é uma representação do que o Brasil vai se tornar daqui a dois ou três anos. A exposição que vemos aqui, os desfiles, tudo. E isso se vê nos desfiles do Brasil, porque são cheios de entusiasmo. Eu sigo a moda desde os anos 80 e acho que a atmosfera que se vive no Brasil é a mesma que se viveu nos anos 80 na Itália. As pessoas estão felizes por estar aqui, e as pessoas acreditam na moda.

    Em que marcas vê mais potencial?

    Gosto muito da Osklen porque é moderna e contemporânea e engajada em causas sociais, que nós na Itália valorizamos muito. A Osklen sempre fala de proteger a terra e o meio ambiente. E porque tem um estilo de chic sportswear. Mas eu também gosto de Pedro Lourenço e Reinaldo Lourenço, e eles são bem o oposto da Osklen, são mais sofisticados, mais rock, mas com muito boa qualidade, bom corte.

    Há um tipo de linguagem que todos os designers devem desenvolver. E eu acho que os designers brasileiros as estão desenvolvendo muito bem. Não digo que tem uma melhor que a outra, mas sim que eles devem ser maduros o suficiente para desenvolver o seu próprio estilo e não copiar o estilo europeu. Agora é o seu momento, por isso sejam criativos e livres porque em um ano, vocês vão ser a nossa inspiração.

    Como acha que o mundo absorve a moda brasileira?

    Tem uma nova onda de cultura latino-americana, especialmente brasileira, que o resto do mundo está absorvendo. Nós vivemos em um mundo global. Mas ao mesmo tempo temos que manter a nossa própria identidade e história. Esse é o desafio, como conseguimos isso, estando todos ligados. Tem uma palavra, glocal, que significa isso mesmo. Ser global e agir local. O grande desafio é fazer algo que se possa comprar em qualquer lugar do mundo mas que mantenha a identidade do país onde foi fabricado.

    E a Itália?

    Neste momento a Itália está muito aberta a novos nomes da moda. A Osklen como já lhe disse é muito conhecida, mas Pedro Lourenço também e a marca Melissa, óbvio. A Melissa fez um grande trabalho de marketing no exterior, muito inteligente, de colaborações com outros estilistas, e tem uma feira de arte e design chamada “Salone del Mobille” que é só sobre design de móveis e conheci os irmãos Campana e eles são tão, mas tão inteligentes.

    O Brasil está se transformando em uma marca de criatividade, pessoas bonitas e simpáticas e ideias novas. Nós somos um país muito velho e precisamos de boas ideias, então, bem-vindos ao Brasil.

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