Depois das descobertas do #Manhunt na última estação, Felipe Abe e Beto Siqueira voltam com suas apostas da temporada. Nos posts diários do DoubleTrouble veremos sempre um casal de modelos (não no sentido de namorados) que se destacaram pelos corredores da Bienal.
Último dia de SPFW, muitos modelos passaram pelo DoubleTrouble nessa temporada. Encerramos essa semana de moda com a espevitada Alicia Kuczman, a modelo de características marcantes e estilo muito particular. No papo que tivemos, ela deixa claro sua personalidade forte, sempre soltando seu famoso “I’m sorry!” pelos corredores. Nosso último garoto da temporada estreou exclusivo da Prada na temporada europeia, e se chama Leonardo Windlin. Uma dupla de peso!
Nome: Alicia Kuczman
Twitter: @aliciakuczman
Idade: 18
Agência: Way
Como começou: “Através de uma seleção que sempre rola no sul do país. Sou de Cascavel, no interior do Paraná, mas foi em uma convenção que aconteceu em Floripa, onde várias agências se juntaram para escolher meninas novas, que fui descoberta. Três meses depois dessa convenção eu me mudei pra São Paulo pra trabalhar, isso foi quando eu tinha 14 pra 15 anos”.
Qual a sua melhor experiência: “Sem dúvida nenhuma uma coisa que é muito contrastante, por ter um lado muito bom e outro muito ruim, são as viagens! Mas o lado ruim eu consigo relevar, esse estado meio nômade. Viajar é o que eu mais gosto dessa profissão. Conhecer outras culturas, outros povos, idiomas. É simplesmente sensacional! Estive em Nova York, Londres, Paris, Amsterdam, Milão, Tóquio, Copenhague, Buenos Aires… Até hoje minhas preferidas são Buenos Aires e Londres. Eu acho que moraria em Buenos Aires inclusive, gosto muito de lá. Futuramente, depois de uma preparação, porque precisa de um certo desapego, eu quero ir pra Índia. Não iria por turismo, seria mais como um retiro mesmo, sempre ouço falar que você volta outra pessoa de lá. Dentre essas viagens todas já vivi situações engraçadas, uma delas foi em Londres, terminando a temporada de moda, me avisaram que em uns dois dias eu iria para Milão. Eu acordei e coloquei todas as peças da minha mala pra lavar, todas! No meio do ciclo de lavagem minha agência me liga dizendo que o motorista passaria em meia hora para me levar pra Milão. Todas as minhas roupas estavam molhadas! Eu sou muito muambeira, carrego muitas malas, muitas coisas. Eu compro muita coisa quando viajo. No fim tive que pagar muitas libras de excesso de bagagem, porque roupa molhada pesa muito! Foi um estresse, um babado! (risos)”.
E sua relação com moda: “Antes de ser modelo eu tinha muito interesse em trabalhar com moda, hoje não sei mais se eu quero isso. Ainda não sei o que eu quero. Penso no agora, vivo o meu momento, amo o que eu faço, amo minha profissão hoje, então não consigo pensar muito no que farei futuramente. Mas, minha relação com a moda mudou muito. É um mundo muito exposto, tudo que é bom ou mal está muito na sua frente. Você tem que ter muita cabeça, estar centrado todo o tempo. Se não, literalmente você pira! Todo mundo tem uma ilusão sobre o mundo da moda, acha que só tem a parte bonita, como meu pai sempre dizia, “você só consegue enxergar a floreira bonita do vizinho”, e todos veem esse mundo assim. Quando você vive dentro, tudo muda. Mas acho que é pra isso também que a moda serve, criar essa ilusão mesmo. Falando especificamente de como me visto: Eu, Alicia, uso 99% peças de brechó, não ligo muito pra marca, nem preço. Eu gosto do que eu gosto, bato o olho e compro. Uso o que acho que fica bonito, gosto de explorar as possibilidades. Hoje eu sou uma pessoa e amanhã posso ser outra, isso que é o mais legal!”.
Nome: Leonardo Windlin
Twitter: @leowindlin
Idade: 19
Agência: Mega Model
Como começou: “Comecei com 16 anos, numa grande insistência de um scouter na minha cidade, Chapecó, Santa Catarina. Ele me parou na saída do colégio, perguntou se eu topava fazer umas fotos, tentar a carreira de modelo. Mas respondi que não, achava que não era pra mim, não conseguia me ver como um modelo na época. No dia seguinte ele estava lá na frente da escola de novo, insistiu, pediu meu telefone, explicou como era o trabalho. O processo durou um mês e fui pra São Paulo, mas como eu tinha um problema de pele, tive que voltar à minha cidade, fazer um tratamento que durou sete meses, aí sim mudei pra São Paulo. Quando eu ia fazer minha primeira temporada em São Paulo, do nada tive um casting pra Milão, uma agência fez umas polaroides, uns vídeos. E em menos de uma semana viajei pra Europa e fiquei exclusivo da Prada na temporada de Milão”.
Qual a sua melhor experiência: “Aprender outras culturas, outros idiomas, conhecer gente do mundo todo, é muito forte essa experiência. Mudar o dia a dia, por estar cada mês num país diferente, um dia to no chinês, outro no italiano, dai volto pro japonês, é muito divertido (risos). Com isso você vai evoluindo, eu adoro!”.
E sua relação com moda: “Antes de ser modelo eu jogava basquete, então andava bem largadão: bermuda largona, regatona, correntão. Foi difícil começar a me vestir bem e me arrumar (risos). Aprendi a me vestir como modelo, meu guarda-roupas foi mudando, antes me vestia só pra trabalhar, hoje em dia já incorporei o estilo. Mesmo não comprando muita roupa, ganho peças nos trabalhos e acabo usando isso. Quando compro é Zara, H&M, coisas mais despojadas e básicas.”
