Consumo e sustentabilidade são dois temas que recentemente deram as mãos para nunca mais largar. Uma empresa que não se preocupa com a forma como produz ou um consumidor que não se preocupa com o que consome é muito “última temporada”. Uma coisa é certa: o eco-fashion veio para ficar. Se por um lado o consumidor demanda uma maior consciência das empresas, por outro, o mundo corporativo grita a plenos pulmões cada vez que realiza uma ação sustentável. Esta “tendência” permeia todas as áreas e na moda não é diferente.
Até a gigante do fast-fashion H&M, cuja maior preocupação é vender para as massas a qualquer custo, tem agora essa preocupação e procura agregar sustentabilidade aos seus produtos. Em 2011, a sua coleção The Green Garden foi inspirada em paisagens e modos de vida verde: o algodão e o linho usados eram orgânicos e o tencel e o poliéster reciclados e recicláveis. Em 2012 repetiu o feito, mas desta vez com vestidos de festa, a Exclusive Conscious Glamour Collection (um desses vestidos foi inclusive usado por Michelle Williams nos prêmios Bafta). É fast-fashion? Sim, mas é ambientalmente consciente. Um vestido dessa linha sai em torno de 80 euros (cerca de R$ 200, o modelo amarelo) e 289 euros (cerca de R$ 500, o branco).
A HonestBy, marca do ex-Hugo Boss Bruno Pieters, também apresenta essa proposta. Além de privilegiar a ética comercial – em cada compra você vê o que está pagando com cada centavo seu, desde o tecido até às horas da costureira – os tecidos são todos orgânicos e reciclados, respeitando assim as mudanças climáticas do meio ambiente.
Como estes exemplos, temos várias outras histórias recentes, mas se você acha que isso é uma mania atual, leia abaixo e entenda quando tudo começou.
A moda ecológica como a conhecemos hoje teve início nos loucos 60’s e no movimento ambientalista dos hippies. Mas os primórdios da moda sustentável se deram no início do século 18, quando os vestidos de seda feitos à mão eram alterados para dar uma nova utilidade ao tecido. Uma exposição montada no FIT (Fashion Institute of Tecnology) em Nova York, em 2010, reuniu algumas das peças confeccionadas desta forma consciente ao longo dos séculos, que usam desde práticas de reaproveitamento de tecidos com tingimentos novos a direitos dos trabalhadores e dos animais.
Confira algumas das imagens abaixo: