Update: Viviana Volpicella está no Brasil e, aproveitando a visita, a ABEST (Associação Brasileira de Estilistas) promoveu hoje um encontro da stylist italiana com estilistas brasileiros, para uma conversa sobre a moda nacional. Relembre nossa entrevista com Viviana, publicada originalmente em maio de 2012:
Nesta quinta-feira (24.05), a revista “Vogue” Brasil e o designer de sapatos Alexandre Birman organizaram um coquetel para convidados e imprensa em torno da stylist italiana Viviana Volpicella, ex-assistente de Anna Dello Russo e nova colaboradora freelance da publicação. O evento aconteceu no Copacabana Palace, e contou com convidados da moda e da sociedade carioca. A ideia do coquetel partiu da “parceria contínua entre a marca Alexandre Birman e a “Vogue”, que procuram unir forças para usar o momento da moda para estar junto”, afirmou o próprio Birman.
Viviana nasceu no sul de Itália, em Bari, onde a atmosfera descontraída, o espírito italiano e a paixão por cores fazem com que se identifique com o lifestyle brasileiro. Assistente de moda e estilo de Anna dello Russo, com quem trabalhou durante cinco anos na “Vogue” Japão, e com quem aprendeu a “respeitar o negócio da moda”, como contou ao FFW, Viviana é uma das personagens mais clicadas durante as semanas de moda pelas lentes dos fotógrafos de street style. Effortlessly chic (chique sem esforço), termo frequentemente utilizado para definir alguém que parece não se esforçar nada para estar sempre no seu melhor, é o termo ideal para descrever a stylist.
Bem humorada, sorridente e descontraída, Viviana bateu um papo com o FFW e contou os seus planos de carreira e, claro, como é trabalhar com Dello Russo.
O que está achando do Brasil?
É a minha primeira vez no Rio. E já me sinto uma “carioca” (dito em português mesmo)! Porque eu sou do sul da Itália e é muito parecido com o Rio. Agora sou freelancer, deixei a “Vogue” Japão em janeiro para começar a minha carreira como freelancer e comecei já com a “Vogue” Brasil. E para mim é um sonho, uma honra.
Como recebeu o convite?
Nós nos conhecemos em Paris (ela e Giovanni Frasson, diretor de moda da publicação) para um almoço e foi amor à primeira vista! Acima de tudo com o Giovanni. Depois de meia hora já estávamos falando de shooting, moods e tendências.
Que marcas brasileiras você conhece ou usa?
Conheço Lenny, Colcci, Salinas, uso tantas… Alexandre Birman (apontando para o sapato), Arezzo… e a que faz umas bolsas pequenas, Serpui Marie.
Quais as principais diferenças entre trabalhar no Brasil e lá fora?
Antes de mais, a temporada! É totalmente diferente. Porque na Itália, agora estamos trabalhando com a coleção de inverno para o editorial, e aqui estamos começando com o verão. É louco, mas eu tenho que me acostumar. Mas o mood daqui é o meu mood. As cores, as estampas… Uma mulher glamourosa. Essa é a mulher brasileira. Com muito glamour, muito orgulhosa, é o meu sonho de mulher. Não tão sofisticada, não tão snob como nós somos na Europa. Eu sou do sul, eu adoro ser glamourosa e aproveitar as minhas escolhas de moda.
Como é trabalhar com a Anna dello Russo?
Ela é a melhor. E a melhor escola no mundo. Trabalhei com ela cinco anos, igual a uma faculdade, e agora eu tenho o meu diploma, e ela disse-me para eu ir, ser orgulhosa e surpreende-la. E agora eu tenho que surpreende-la. E para ela, nunca está suficientemente bom! (risos) Fora isso, ela é uma boa amiga. Ela é “cute”, sabe? Ela é uma teenager, sempre sonhando com contos de fadas da moda.
Qual foi o melhor conselho profissional que ela deu para você?
Moda é um trabalho, nunca se esqueça. É um negócio grande e tem que respeita-lo. Não é um sonho; somos sortudas, mas estamos trabalhando.
