A coleção da Dolce & Gabbana Inverno 2015 chegou como uma espada na cara da sociedade: riqueza de berço, roupas de rei, tesouros glamourosos e todos os exageros possíveis no que se refere a dourados, brocados, bordados, desenhos requintados. Algo que seria fácil, muito fácil de não ser de bom gosto, na marca veio natural e condizente com o caminho que os estilistas vêm seguindo nos últimos anos. Nada estranha ou choca a não ser pela beleza e pelo bem fazer. Já vínhamos acompanhando a saga da mulher siciliana, o exagero de rendas e jóias católicas… mas algo aconteceu nessa Sicília, e estamos na Idade Média, num passado imaginário dos bosques do norte.
Cada peça é uma joia, e cada bijuteria é uma joia, e cada acessório parece mesmo valer ouro, muito ouro. Ver uma coleção de perto, no showroom, é o que nos permite ver como cada peça “transpira” as mãos que trabalharam nela. E nessa coleção de conto de fadas, com capacetes, chaves gigantes, animais de uma floresta mágica e outras fantasias, o primor não foi economizado, nem mesmo os desejos dos estilistas quererem superar os limites da moda. Lembramos das princesas, de Chapeuzinho Vermelho, de fadas, elfos e outros seres que foram revisitados de forma impecável pela marca. FFW fotografou de perto peças da coleção para mostrar os detalhes do precioso trabalho da marca e desvendar seus principais signos.