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    Cara Delevingne e Suki Waterhouse apoiam o direito das mulheres mostrarem os mamilos nas redes sociais
    Cara Delevingne e Suki Waterhouse apoiam o direito das mulheres mostrarem os mamilos nas redes sociais
    POR Redação

    Cena do filme “Free the Nipple”, da cineasta e fundadora do movimento, Lina Esco ©Reprodução

    Como já diria o garoto que virou meme na internet, mamilos são um assunto muito polêmico. Tanto que eles ganharam até um movimento em sua defesa, o “Free the Nipple” (liberte o mamilo), que, em linhas gerais, luta pelo direito das mulheres de ficarem sem sutiã em público, seja para amamentar um bebê ou não. Em bom português a questão é: por que os homens podem andar por aí sem camisa e exibir o corpo nas redes sociais e as mulheres não?

    O debate já circula no meio feminista há alguns anos, mas ganhou novo fôlego graças a alguns acontecimentos envolvendo nomes bastante populares do mundo da moda e do showbizz nas redes sociais. O primeiro (e mais comentado) deles diz respeito à política de conteúdo impróprio do Instagram, que deletou as contas da cantora Rihanna e da modelo Anja Rubik após elas postarem imagens fazendo topless em uma espécie de surto de “mamilofobia”. Depois disso, Scout Willis, filha de Bruce Willis e Demi Moore, chamou atenção ao circular sem blusa e bem à vontade pelas ruas de Nova York no último mês de junho, fato que ela fez questão de documentar pelo Twitter – rede social com uma política, digamos, mais liberal com relação à nudez feminina. A plataforma não tirou a imagem nem os reposts do ar.

    Na semana passada, foi a vez da top Cara Delevingne demonstrar o seu apoio. Ela compartilhou com seus quase seis milhões de seguidores no Instragam uma foto “censurada” do seu peito nu ao lado do de um amigo sem a mesma censura.

    Outro nome forte do universo fashion que quer que as mulheres tenham o mesmo direito já conquistado pelos homens (sim, isso também foi uma conquista deles feita no início do século passado!) é Suki Waterhouse. A britânica postou no Instagram uma foto do Tata Top, biquíni que imita o mamilo criado pelas americanas Robyn Graves e Michelle Lytle. A peça feminista e divertida também é beneficente, pois parte da renda obtida com suas vendas é revertida para instituições de pesquisa sobre o câncer de mama.

    Além da equidade de gêneros, do empoderamento feminino sobre seu próprio corpo e da censura arbitrária aplicada pelas redes sociais, está a questão-chave do movimento, segundo a cineasta e fundadora do “Free the Nipple”, Lina Esco: trata-se apenas de mamilos e não há nada de pornográfico neles – ou, pelo menos, não deveria haver. “O mamilo é a primeira coisa que vemos quando nascemos”, afirmou ela ao site “Ryot”. “Ele nos nutre. Quando foi que se tornou algo tão mau?” Bem, pelo menos em Nova York ele não é tão assustador assim, como Miley Cyrus, outra entusiasta estrelada do assunto, fez questão de deixar bastante claro com o seu tuíte:

     “Feliz Natal! Obrigada NY por ser um dos poucos estados a libertar o mamilo” diz o tuíte da cantora ©Reprodução

    Enquanto nos Estados Unidos é proibido andar por aí com o peito nu em 35 estados (na Louisiana, por exemplo, a desobediência à regra pode condenar a mulher a três anos de cadeia), no Brasil a prática é ilegal em 100% do seu território – o artigo 233 do Código Penal considera crime qualquer ato obsceno em público e o topless pode ser interpretado como tal. As maiores questionadoras dessa restrição por aqui estão entre as frequentadoras das praias cariocas, que querem tomar sol sem a parte de cima do biquíni, como já é comum em países europeus desde os anos 1960 – década em que o movimento feminista viveu um de seus auges. No final do ano passado, inclusive, foi organizado um “toplessaço” na praia de Ipanema para chamar atenção das pessoas e da mídia acerca do tema, mas, por enquanto, os mamilos continuarão “presos” e cobertos por sutiãs, biquínis, maiôs e blusas – a menos que sejam levados a uma praia de nudismo.

    Apesar de tanto o Instagram quanto as leis de diversos países não darem sinais de que irão mudar em breve para atender o desejo das 117 mil seguidoras do @freethenipple no Twitter, o debate parece que não esfriará tão cedo. Especialmente se celebridades do calibre de Lena Dunham, Miley Cyrus, Rihanna, Cara Delevingne, Suki Waterhouse e, a mais recente delas, Lady Gaga (veja a foto abaixo que permanece no Instagram, pelo menos até o momento da publicação desta matéria) continuarem aderindo e libertando pouco a pouco seus mamilos não apenas das roupas, mas principalmente do preconceito e do machismo ainda tão presentes em nossa sociedade.

    “‘Scout Willis protesta contra a exclusão do Instagram da Rihanna e  parece muito bem enquanto faz isso’. LIBERTE O MAMILO” diz o post feito por Rihanna ©Reprodução

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