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    Walter Rodrigues
    Verão 2011 RTW
    Todos Ler Review
    Por Augusto Mariotti 27.maio.10

    RIO DE JANEIRO, 27 de maio de 2010 Por André Rodrigues (@randreh)

    Essas mulheres são de muitas origens. São brasileiras, de Quipapá, cidade da zona da mata em Pernambuco. São africanas, do Quênia, da tribo dos Massai, e também da Etiópia, do vale do Rio Omo. São de outra época, dos anos 1960. São, como Walter gostaria, continentais. E tentam ser, como gostaríamos nós, contemporâneas. Pincelado numa cartela de cores neutríssima (areia, marrom, marinho), o exército noir do estilista tem como uniforme os muitos panos amarrados, feitos em moulage, rasgados, cortados com precisão. As sobreposições definem o styling da coleção e redefinem a silhueta da mulher, propondo combinações que só seriam possíveis nas shacklands (tipo favelas) da África, onde calças terminam onde não deveriam e casacos são interrompidos pela metade. Uma estranheza comum para Walter, adepto do estilo lançado pelos japoneses na Paris dos anos 1980, mas ainda difícil de ser digerida pelas pessoas reais, mesmo nos dias de hoje. Na busca por uma coleção mais simples, a equipe de criação limpa o visual e deixa o holofote muitas vezes nos acessórios: nas cabeças, os chapéus/loucuras de Eduardo Laurino, nos pés, plataformas escultóricas feitas de madeira maciça, no pescoço maxi colares origâmicos e nas mãos bolsas entre tramas e fuxicos. Com muita timidez, um bandinho de cores fluorescentes ensaia uma insurgência, mas é engolido pelo deslizamento de tons de terra na passarela tomada por musselines, algodões, lonas, jacquards, brocados e até uma palha feita de PET reciclado. Na reta final, Walter capitaneia duas guerreiras tribais vestindo bodies cheios de patches de tecidos numa alusão à pintura corporal africana. Super caricatural, a dupla estende bandeiras sobre as cabeças, anunciando a chegada de um 5-hit combo de vestidos bem gráficos, com patches que formam estampas e texturas e que poderiam ser, na realidade, o ponto de partida da coleção que foi encerrada com um abre geral de sombrinhas estampadas. Direção: Roberta Marzolla Ass. de direção: Alexandre Queiroz Styling: Walter Rodrigues e Lucius Vilar Beleza: Robert Estevão Chapéus: Eduardo Laurino Trilha sonora: Felipe Venâncio