Na manhã de hoje (29/05), Francesca Muston, editora sênior de varejo do WGSN, apresentou as confirmações do Inverno 2010/11, suas previsões para o Inverno 2011/2012 e listou os 10 itens-chave do momento, que devem servir de inspiração para a temporada das cerca de 190 marcas clientes na América do Sul.
AS CONFIRMAÇÕES DO INVERNO 2010/11
Francesa começou citando que, há algumas temporadas, repara que a moda como um todo está deixando de se transformar totalmente a cada desfile. “Hoje vemos a evolução da moda, ao invés de mudanças drásticas”.
Ela citou três confirmações principais para este Inverno: o militar vintage, o retorno aos anos 1970 e a volta à tradição dos campos. Renda, presença marcante do boudoir, deve ser “uma tendência continua”. Na paleta de cores está o camelo da Céline, tons de azul escuro e médio e tons de verde musgo e militar.
AS DIREÇÕES PARA O INVERNO 2011/12
Já para o Inverno 2011/12, Muston apresentou três macrotendências. Uma delas chama-se 360º, coincidentemente o mesmo nome desta edição do Fashion Rio. Como sugere o título, deve-se pensar em 3D: forros, acabamentos e tudo mais interno deve ser tão importante quanto o externo. Nicolas Ghesquière levou o conceito ao extremo quando, na Balenciaga, costurou texturas, forros e enchimentos do lado de fora da roupa.
Pregas e dobras, que dão a idéia de movimento, subsitituem as estampas e cortes limpos também são fundamentais, assim como cortes e designs esféricos em geral.
Outra macrotendência é o Faux Real, onde há uma brincadeira com a noção de valor, já que os materiais são reais, mas parecem falsos – o caso de uma caríssima bolsa Gucci feita de genuíno couro de crocodilo com acabamento emborrachado. Aqui, as silhuetas são angulares e exageradas, e ilusões ópticas e/ou elementos-surpresa são mandatórios.
A terceira e última macrotendência apresentada é o extremo oposto das outras duas. Intitulada Your Space, tem o mantra “limpe, organize, compartimente”. Basicamente, corte tudo e retenha apenas o essencial. No caso das mulheres, isso pode ser traduzido em um estilo funcional e andrógino, à la working woman dos anos 1980 ou feminino anos 1920 (incluindo aqueles vestidos flapper.)
Para os homens, pode significar um retorno ao básico: a peça deve ser funcional antes de tudo, como uma jaqueta que pode ser desmontada. Os sapatos, ao contrário, parecem ter sido montados com pedaços de coisas diferentes (mais uma vez, como fez a Balenciaga).
Para encerrar, Francesca citou alguns itens no qual o WGSN estava prestando atenção, como o uso da cruz religiosa como acessório e a revista “The Gentlewoman”.
OS 10 ITENS-CHAVE
– Jaqueta militar
– Saia lápis no meio da batata da perna
– Conjunto de terno e saia anos 1950
– Parte de cima de couro
– Parte de cima tipo bustiê
– Pantalona anos 1970
– Maxi-vestido
– Decote em V profundo (masculino)
– Colete clássico (masculino)
– Skinny jeans de cavalo largo (masculino)