Bolsa do Manifesto YSL
Após os boatos de que Stefano Pilati deixaria o cargo de diretor criativo da YSL (a marca declarou oficialmente que ele fica), o estilista lança a oitava edição de seu Manifesto, uma publicação que aborda outros assuntos, além da moda, sempre refletindo o “olhar YSL”. O Manifesto será lançado no dia 5 de março simultaneamente em Paris, Nova York, Milão, Tóquio, Hong Kong, Londres e Los Angeles.
Mais de 500 mil cópias serão distribuídas no mundo e as primeiras 2 mil pessoas de cada país que ganharem o Manifesto, recebem também uma bolsa de algodão, estilo tote, com o carão de Arizona Muse estampado. O Manifesto também estará disponível no site oficial e no Facebook da marca.
Esta edição traz fotos de Arizona, modelo mais comentada da estação e que está na atual campanha da YSL. As imagens são da dupla Inez van Lamsweerde e Vinoohd Matadin, colaboradores antigos da marca. Ao desviar da moda, Pilati também o faz com inteligência, honestidade e delicadeza, como podemos ver na parte em que ele é entrevistado por ninguém menos que Hans Ulrich Obrist, um dos críticos de arte mais importantes da atualidade (que esteve no Brasil para a última Bienal) e co-diretor da Serpentine Gallery, em Londres. Ele foi eleito pela “Art Review” o nome mais influente da arte no mundo.
Hans Ulrich Obrist © Reprodução
O “NYT” publicou parte da entrevista entre Obrist e Pilati, em que o estilista diz que não está mais interessado em trabalhar com a moda de uma maneira elitista. “Eu gostaria de oferecer uma outra perspectiva de uma marca de luxo para uma audiência maior que não necessariamente se relaciona com a moda da mesma forma que uma camada privilegiada de pessoas faz”.
Questionado sobre criatividade, Pilati diz: “considero um estilista mais um formador de opinião do que um artista e, para o bem ou para o mal, as regras do jogo não são necessariamente ditadas por sua própria criatividade, apesar de que a criatividade seja um ponto central. Infelizmente as regras são ditadas por uma causa, pelo mercado, porque cada vez mais você não cria só por criar. Você está comprometido e deve satisfazer certas necessidades que, às vezes, vão contra as suas próprias e pode afetar e prejudicar o que você está fazendo”. E continua: “A verdade é que, não importa o que pensamos, não importa quais são nossos instintos, somos guiados por regras que não são as nossas. Talvez a única forma de fazer a diferença é ser honesto”. Sábias palavras.