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    Conheça a turma por trás do novo projeto de conteúdo “Sometimes Always”
    Conheça a turma por trás do novo projeto de conteúdo “Sometimes Always”
    POR Redação

    A equipe do “Sometimes Always”  ©Juliana Knobel/FFW

    A busca por propostas verdadeiramente inspiradoras e que apresentem um caráter inovador, esteja ela ligada de modo intrínseco à moda ou não, é o que motiva o FFW. Ao descobrir o “Sometimes Always”, projeto multidisciplinar fundado pelo arquiteto e designer gráfico Gabriel Finotti e conduzido em parceria com alguns de seus amigos mais próximos, é impossível não se encantar com o conteúdo “home made” que envolve de forma criativa temas abrangentes como arte, estilo, música, design e arquitetura.

    Por meio de imagens e textos produzidos por uma equipe fixa e conteúdo enviado por colaboradores livres, o “Sometimes Always” se divide em site, atualizado todos os dias, e revista, editada quadrimestralmente com o resumo do que foi publicado online, mas de forma mais aprofundada. Montagens, vídeos, mixtapes, zines e ensaios fotográficos, além da realização de eventos, a ideia por trás dessa iniciativa é ultrapassar o canal informativo e ser um espaço de criação para qualquer um que tenha interesse em contribuir com esse rico universo.

    Manual explicativo do funcionamento do “Sometimes Always” ©Reprodução

    Para entender como surgiu a ideia e qual a dinâmica por trás do “Sometimes Always”, o FFW conversou com Gabriel Finotti. Confira abaixo a entrevista com o designer gráfico:

    Como você começou a se interessar por design e como desenvolveu suas habilidades neste segmento? Qual sua formação acadêmica?

    Eu me formei em Arquitetura e Urbanismo no fim do ano passado, e já nos primeiros semestres da faculdade o que eu mais gostava era diagramar as pranchas e montar as apresentações dos trabalhos. Nesse período de graduação algumas coisas foram acontecendo pra que eu tomasse mais gosto ainda por design gráfico. Fiz um estágio num escritório de paisagismo onde, além de ilustração à mão, eu fazia boa parte do conteúdo visual de apresentação do escritório. Além disso, durante meu período como secretário do diretório acadêmico do curso, eu fazia todos os pôsteres dos eventos que rolavam ali dentro. Eu tinha pouquíssimo conhecimento de técnica, era muita experimentação, aprendendo sozinho, buscando referências e tentando fazer algo parecido. Foi então que em 2010 eu e mais dois amigos começamos a fazer uma festa no Bar Secreto onde produzíamos algumas mixtapes e imprimíamos os discos. Eu era responsável por fazer a arte do encarte, que era basicamente de colagens. Foi a primeira vez que mostrei meu trabalho como designer num âmbito maior, sem ser acadêmico ou arquitetônico. Pouco depois disso, comecei a trabalhar na Mojo, onde estou até hoje. Foi lá que realmente aprendi sobre técnica, tipografia, uso de cores, etc.

    “Relatório de Viagem: Inhotim” ©Reprodução

    Como surgiu a ideia de criar o “Sometimes Always”?

    Quando terminei a faculdade, estava certo de que não queria ser um arquiteto de escritórios e muito menos ter meu trabalho resumido à arquitetura. Sempre gostei muito de arquitetura como ciência, mas sou completamente descrente com os modos de produção da mesma atualmente. Acho obsoleta e vazia, desconexa com o caminhar dos homens, das cidades… 2011 foi um ano inteiro dedicado ao meu trabalho de conclusão de curso em que procurei expor essas ideias em relação à arquitetura e consegui montar um portfólio de design com o livro da minha monografia, com o tema “Praia Urbana – Apropriação e zelo de espaços coletivos”. Por esse descontentamento, queria buscar outras maneiras de falar de arquitetura e de outros temas. Comprei uma câmera fotográfica destinado a fazer zines impressas para explorar diferentes assuntos de diversas maneiras. Foi então que no réveillon deste ano, conversando com alguns amigos e minha namorada, percebi que a zine seria insuficiente. Então veio a ideia do “Sometimes Always”. O projeto é composto por três pilares. O primeiro deles é o site, a parte mais dinâmica, onde postamos conteúdo diário, atingimos mais pessoas e podemos utilizar mídias que não entram num impresso como vídeos e músicas. O segundo pilar são nossas produções autorais. É a forma que encontramos pra dividir informação a partir da nossa própria ótica. Na verdade, é a forma que eu encontrei pra fazer tudo o que eu sempre quis, mas nunca tive espaço: zine, música, fotografia, colagem, vídeos… O último pilar ainda a ser concretizado é uma revista quadrimestral com o resumo do site e dessas produções autorais onde aprofundamos mais os temas.

    A equipe do “Sometimes Always” (Gabriel ao centro, de camisa cinza e calça cáqui) ©Juliana Knobel/FFW

    O “Sometimes Always” é um site com inúmeros colaboradores. Como você fez para reunir esta equipe e colocar em prática o projeto?

    A iniciativa do projeto foi minha. Comecei sozinho, criei o nome, a identidade, o site. Sempre rolava conversas com amigos. Queríamos fazer as mesmas coisas, estávamos desacreditados com a profissão, com as pessoas, com o mundo… queríamos muito ter um projeto próprio. Mas isso nunca saía do papel. Foi aí que criei o “Sometimes Always” e saí em busca de amigos para ajudar. O projeto completa um mês esta semana e tudo que foi feito até agora foi feito na amizade e com ajuda de verdadeiros amigos. As primeiras produções contam com uma mixtape do Erik Camacho, um americano que morou comigo em Austin em 2009; um texto incrível que é uma espécie de manifesto do “Sometimes Always” feito pelo Christopher Rey Pérez, um texano que recebi em minha casa no ano passado sem conhecer e que acabei virando melhor amigo; um relatório de viagem de Inhotim com texto e fotos de dois amigos da faculdade, Gabriel O. Garcia e Leandro Miyashiro, que também me ajudaram a montar o guia do usuário revisando textos, dobrando, grampeando. O Gregorio Marangoni, tatuador, que aceitou ser filmado. O Henrique Oli deu uma bela força com o layout e programação do site. Tive ajuda também do Rafa e do Gui, da “Cotton Project“, que curtiram a ideia e cederam o espaço do open studio deles pra fazermos a festa de lançamento. E claro, a Vivis, minha namorada, que me ajudou e incentivou muito quando o projeto ainda era só um embrião. Enfim, fui atrás de gente que estava com gás pra produzir e apostou no “Sometimes Always”. O projeto está aberto a qualquer contribuição, desde que compartilhe dos nossos ideais, linguagem, etc.

    – Entrevista com o tatuador Gregorio Marangoni:

    Quantas pessoas participam ativamente e como é a dinâmica de atualização?

    Não sei dizer quantas pessoas participam ativamente do site. Algumas colaborações já estão meio fixas, outras estão surgindo por meio de iniciativas próprias e indicações de amigos. Basicamente, surge uma pauta daí vou atrás dos que podem ajudar com alguma coisa, seja com fotos, com texto, com vídeo. Junto então o material produzido e faço uma formatação final que vira o post. Nossa meta é ter sempre uma atualização diária com conteúdo nosso ou não.

    Qual a proposta e o que vocês pretendem oferecer de inovador? Como escolhem as pautas?

    Nossa proposta maior é tentar ser um canal de informação e produção extremamente parcial, onde o usuário sabe bem o que vai encontrar e o que não vai encontrar. Além de sermos entusiastas de novas ideias, sentimos a necessidade também de produzir nossos próprios trabalhos. Diferente de um blog fechado em si mesmo, propomos expandir nosso campo de atuação e exercer também a função de um espaço criativo através de diferentes tipos de mídia. Por meio dessas produções autorais podemos tratar de assuntos presentes de fato em nosso cotidiano, e assim, sermos mais diretos ao expressar nosso olhar sobre determinados temas. Acho que isso é o que temos de mais inovador ou, pelo menos, mais particular para oferecer. Escolhemos pautas que se encaixam em alguma das categorias do site e que se assemelham em ideologias, percepções e linguagem. Não somos especialistas em nenhum desses temas, mas acreditamos que todos, de alguma maneira, são componentes da nossa cultura e da nossa geração.

    Montagem enviada pelo colaborador Ms Neaux Neaux ©Reprodução

    À parte o “Sometimes Always”, você tem um trabalho “oficial”? E como faz para conciliar ambos?

    Eu entro no meu trabalho “oficial” às duas da tarde, então tenho minha manhã livre para tocar o “Sometimes Always”. Dependo também da disponibilidade dos amigos, muitos ainda estão na faculdade, o que dificulta ainda mais a administração do tempo. Mas no geral tem sido tranquilo, fazemos nossas produções quase sempre a noite ou em finais de semana, sem pressa e nos divertindo acima de tudo. É muito recente, não dá pra saber que rumos o projeto vai tomar, mas os planos são muitos e estamos muito felizes com o caminhar de tudo até agora.

    Quais são suas principais referências e inspirações?

    Acho difícil citar alguém, principalmente hoje, quando somos metralhados com conteúdo diariamente e é comum não sabermos a fonte ou o autor. Livros, revistas e zines principalmente. Boa arquitetura. Colagens. Música. Na verdade, qualquer trabalho bem feito, sério e que partilhe das mesmas crenças e anseios que os meus.

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