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    SPFW Verão 2011: alma, sopro, movimento, Anima!
    SPFW Verão 2011: alma, sopro, movimento, Anima!
    POR Redação

    SPFW-verao-2011-logo-cataventosO logo desta edição do SPFW ganhou motivos geométricos de cata-ventos em design da equipe de Daniela Thomaz e Felipe Tassara ©Divulgação

    Sopro, movimento, alma, Anima. A 29ª edição do São Paulo Fashion Week nasce regida por um tema amplo, mas de domínio popular no Brasil: celebrar a nossa ANIMA expressa na criatividade, no espírito festeiro e na nossa vocação de felicidade. Em termos técnicos, a Bienal foi transformada numa grande praça, com direito a floresta de cata-ventos e roda gigante.

    No cenário, interferências gráficas vindas dos blocos afro de Salvador, na Bahia, e uma performance artística de Jum Nakao. Para explicar tudo melhor, o portal FFW conversou com Albino Papa, designer gráfico do time de Daniela Thomas e Felipe Tassara, os manda-chuvas por trás da cenografia da Bienal nesta edição do SPFW.

    [Andre R.] diz:
    Qual o tema desta edição?

    Albino Papa diz:
    Anima.

    [Andre R.] diz:
    Do latim?

    Albino Papa diz:
    Do latim…
    Aquilo que dá animação.
    Que movimenta  e você não percebe…

    [Andre R.] diz:
    Anima é tipo alma então.

    Albino Papa diz:
    Acho que é, né?

    [Andre R.] diz:
    Faz todo o sentido, “aquilo que dá animação, que movimenta e você não percebe”. A alma é tipo isso.

    Albino Papa diz:
    A Dani [Thomas] disse que Anima também significa “sopro”.

    [Andre R.] diz:
    Hm…
    Foi ideia dela? [o tema]
    Ou do Paulo Borges?

    Albino Papa diz:
    Do Paulo.

    [Andre R.] diz:
    E a Dani gostou desde o início?

    Albino Papa diz:
    Sim! Eles até estiveram em Salvador, Bahia, e coisa e tal…

    [Andre R.] diz:
    Onde entra Salvador nesta equação?

    Albino Papa diz:
    Na verdade, em ano de Copa na África, o Paulo identificou em Salvador essa Anima… Ele acha que lá, em Salvador, a coisa é diferente…
    Diferente do ritmo do paulistano, por exemplo….
    Lá está essa coisa impalpável que é a raiz da animação do brasileiro.
    Daí convidou a Dani e o Felipe [Tassara] pra pasarem alguns dias lá e entenderem como funciona essa coisa.
    E eles foram.

    [Andre R.] diz:
    E voltaram transformados?

    Albino Papa diz:
    E trouxeram as cores dos 4 blocos afro que estão representadas nas paredes da Bienal (Cortejo Afro, Ilê Aiyê, Museu do Ritmo e Timbalada).

    [Andre R.] diz:
    Entao no fim das contas vai ter Salvador na cenografia.

    Albino Papa diz:
    Vai.

    [Andre R.] diz:
    Só nesses blocos de cores, ou algo mais do je ne sais quoi soteropolitano?

    Albino Papa diz:
    As paredes, principalmente do segundo andar, são mega complexas (Ilê-Aiyê e Cortejo Afro).
    Contam histórias.
    Os desenhos do Alberto Pitta (Cortejo) lembram desenhos rupestres, são lindos.
    A parede oposta tem uns desenhos de inspiração naif (é assim mesmo) de um artista que chama Mundão.
    Lindo, lindo, lindo!

    2010-06-01-FFW_bienal-PriV_0133As padronagens inspiradas nos blocos de Salvador também fazem parte da cenografia nesta edição do SPFW ©Priscilla Vilariño/FFW

    [Andre R.] diz:
    Então não haverá exposições, mas tem a participação dos artistas na cenografia.

    Albino Papa diz:
    Exato!
    Tem uma performance do Jum Nakao, que se chama “Vestígios Visíveis”.

    [Andre R.] diz:
    Que é aquele lance do botequim?

    Albino Papa diz:
    Exato. Eles montaram um botecão de periferia na área onde era o antigo Broadcast.
    A partir do primeiro desfile, eles começam a revestir tudo com americano cru.
    Copos, talheres garrafas e etc…
    Vou te mandar detalhes por e-mail.

    [Andre R.] diz:
    Tem a coisa do papelão ainda?

    Albino Papa diz:
    Voltou.

    [Andre R.] diz:
    Voltou o e-mail ou o papelão?

    Albino Papa diz:
    Hahaha!
    O e-mail.

    [Andre R.] diz:

    Manda no Gmail que é certeza.

    Albino Papa diz:

    O papelão não voltou.

    [Andre R.] diz:

    Então essas cores, essa coisa dos artistas, vai estar estampada em que tipo de superfície?

    Albino Papa diz:

    Nas paredes de madeira revestidas de lambe-lambe.

    [Andre R.] diz:

    O lambe-lambe é branco, só pra servir de canvas?

    Albino Papa diz:

    Exato.
    Daí tem as instalações tipo a roda gigante no vão central da Bienal.

    [Andre R.] diz:

    Roda gigante! Sabe o tamanho dela?

    Albino Papa diz:

    Não exatamente, mas sei que cabem 16 pessoas.

    2010-06-01-FFW_bienal-PriV_0532A roda gigante que ocupa o vão central da Bienal na 29ª edição do SPFW ©Priscilla Vilariño/FFW

    [Andre R.] diz:
    E tem a floresta de cata-ventos.

    Albino Papa diz:

    Isso! Bem na entrada.

    [Andre R.] diz:

    Que são gigantes.

    Albino Papa diz:

    Onde ficava a floresta de ícones da edição passada [entrada em frente ao MAM-SP].

    2010-06-01-FFW_bienal-PriV_0008A floresta de cata-ventos na entrada principal do SPFW Verão 2011 ©Divulgação

    [Andre R.] diz:
    Apessoa quando entra é tipo a Alice no buraco do coelho.

    Albino Papa diz:

    Exato…
    Hahaha! Exato!
    E, obviamente, pra fazer essses cata-ventos gigantes se movimentarem foram espalhados uns ventiladores enormes.

    [Andre R.] diz:

    Tipo aqueles usados em sets de filmagens?

    Albino Papa diz:

    Não. São aqueles Ventisilva, sabe?
    São lindos brancos, com cara de retrô.

    [Andre R.] diz:

    Sei!
    E tudo fica girando numa profusão de sopro, movimento, alma, Anima!

    Albino Papa diz:

    Exato…
    Tudo se movimenta.
    Tudo se anima!

    [Andre R.] diz:

    E tem a coisa do azul… o que era a coisa do azul mesmo?

    Albino Papa diz:

    Ah, então… o cata-vento acabou virando a marca do evento.

    [Andre R.] diz:

    Como assim a marca?
    A marca nao é SPFW?

    Albino Papa diz:

    Sim, mas sempre desenhamos uma logo, igual a etiqueta na edição “Linguagens”, a tatuagem de corações na “Passion”. Essa é um cata-vento que virou uma padronagem.

    [Andre R.] diz:

    Como é?

    Albino Papa diz:

    Ficou parecendo um azulejo do Athos Bulcão, que é a cara da arquitetura da Bienal, né?

    [Andre R.] diz:

    Foi vc quem criou essa padronagem?

    Albino Papa diz:
    Sim.

    [Andre R.] diz:
    E você se inspirou no trabalho do Athos ou a coisa fluiu e depois você viu que estava igual? Ou parecido?

    Albino Papa diz:

    Quando a Dani viu, percebeu que estava muito parecido… Simplesmente aconteceu.

    [Andre R.] diz:

    E  essa logo aparece no evento de que forma (além da floresta de cata-ventos)?

    Albino Papa diz:

    No portal de entrada, já de cara. E na sala de imprensa tem uma parede com 1.000 cata-ventos, todos feitos à mão e aplicados manualmente. E, obviamente, na frente dessa parede tem uns ventiladores enormes rodando pra lá e pra cá pra movimentar os bichinhos.

    2010-06-01-FFW_bienal-PriV_0405Os milhares de cata-ventos feitos à mão e aplicados ao longo da sala de imprensa, onde ficarão concentrados os jornalistas de todos os cantos do Brasil e do mundo ©Priscilla Vilariño/FFW

    [Andre R.] diz:
    Vai ser uma experiência meio lúdica.

    Albino Papa diz:

    E cinética.

    [Andre R.] diz:

    Você tem Twitter?

    Albino Papa diz:

    @albinopapa

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