Auto-retrato ©Andy Warhol/Reprodução
O museu da Universidade da Califórnia, Berkeley Art Museum, apresenta até o dia 20 de maio a exposição “Andy Warhol: Polaroids”, um conjunto de fotografias em formato polaroid clicadas pelo artista de 1970 a 1987 e que serviam como base ou inspiração para os seus retratos, pinturas, quadros e impressões. A ideia para a mostra teve início em 2007 quando, como comemoração do seu vigésimo aniversário, a fundação Andy Warhol lançou um programa chamado “Andy Warhol Photographic Legacy Program” (Legado fotográfico de Andy Warhol), com o objetivo de dar ao público maior acesso às fotos de Warhol. Para isso, o programa doou mais de 28 mil fotografias a diversas universidades americanas e seus respetivos museus. Com este presente, várias universidades organizaram exposições com o tema: a primeira foi o Spencer Museum of Art, da Universidade do Kansas, em 2009; e agora é a vez da Berkeley.
Andy Warhol fotografando ©Reprodução
As imagens que Warhol captava, normalmente com uma câmera de plástico Polaroid Big Shot, iam de membros da realeza a estrelas de rock, atletas ou até objetos e pessoas desconhecidas, e pretendiam caracterizar a sociedade, ou o novo conceito de sociedade na visão do artista.
Todas as personagens eram fotografadas com o que parece ser uma grande intimidade entre o fotógrafo e o fotografado, em parte devido à grande proximidade que Warhol tinha com os participantes da alta sociedade, e também pela vontade dos participantes mais desconhecidos de fazerem parte do mundo glamouroso de pessoas bonitas pelo qual o fotógrafo transitava à vontade. Warhol via beleza em tudo, principalmente nas pessoas; “nunca conheci ninguém que não pudesse dizer que era bonito”, afirmava. A prova está nas imagens abaixo, que transformam aquilo que era simplesmente um dos seus objetos de trabalho em verdadeiras obras de arte.