Capa de “O Amarello” número 5 ©Divulgação
O fanzine trimestral “O Amarello” lançou sua quinta edição no último sábado (30.04). A revista, idealizada pelo publicitário e designer Tomas Biagi Carvalho, trabalha sempre sob um tema. Desta vez, o assunto que reúne artigos, entrevistas, fotografias e obras de arte é “transe”. “A ideia de fazer ‘O Amarello’ surgiu de uma conversa entre amigos, da vontade de fazer alguma coisa que a gente sentia falta no mercado editorial brasileiro”, ele contou ao FFW.
De distribuição gratuita em vários pontos de São Paulo (MiCasa, Surface to Air, Loja do Bispo e Instituto Tomie Ohtake são alguns dos endereços onde se pode garantir um exemplar), o fanzine permeia a cultura e arte contemporânea. “A ideia não é revelar novos talentos, é dar oportunidade para que gente talentosa que não tem onde mostrar seu trabalho possa fazer isso”, explica Tomas.
Editorial de moda com roupas de Pedro Lourenço ©Jair Lannes
A cada edição, novos colaboradores são chamados para participar do projeto. “No fim, o período de três meses é importante para que possamos coletar esse trabalho; é mais que uma revista, é quase um livro de referências”, explica. Esta edição conta com um ensaio de moda clicado por Jair Lannes e editado pela stylist Helena Sicupira, com looks de Pedro Lourenço.
A revista também traz uma sessão de fotos de Edouard Fraipont chamado “Tributo a Francis Bacon”, colagens de Fábio Gurjão, um artigo do cineasta Charly Braun sobre os bastidores de seu último filme, “Além da Estrada”, e uma entrevista com Henrique Oliveira, artista que causou polêmica na última Bienal com a obra “A Origem do Terceiro Mundo”, que permitia aos visitantes que entrassem em uma réplica de um órgão sexual feminino.
Parte do ensaio “Tributo a Francis Bacon” © Edouard Fraipont
Para o lançamento do número cinco da revista, o convidado musical foi Thiago Pethit. “Para as próximas edições, queremos fazer uma projeção de um filme que tenha a ver com o tema da revista”, adianta Tomas. A expectativa do criador do fanzine é que isso possa acontecer pelo menos duas vezes ao ano.