FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Entrevista
    Entrevista
    POR Augusto Mariotti

    Por Flavia Brunetti, em colaboração para o FFW

    Surface to Air reabre filial da loja no Brasil ©Divulgação

    Quando a loja Surface to Air Brasil anunciou que viraria monomarca, um burburinho foi criado no mercado da moda. Sim, pois em São Paulo, ela sempre foi conhecida pelo mix de marcas brasileiras penduradas em suas araras. Mas não é esse o DNA da marca francesa. Seja em Paris, onde o QG da Surface está localizado, ou em Nova York, onde também tem uma filial, sempre foi vendida a coleção própria. O Brasil era uma exceção. Para explicar melhor o novo posicionamento no mercado brasileiro e saber dos planos futuros para nós, conversamos com o francês Jérémie Rozan, dono da Surface to Air, que está no Brasil para a reabertura da sua loja.

    Nova filial da Surface to Air no Brasil ©Divulgação

    Nós sabemos que a Surface to Air em Paris ou Nova York é uma marca com preços relativamente acessíveis. Como você vai fazer para manter isso aqui no Brasil com nossas taxas de importações tão altas?

    Vamos colocar as peças a um preço que cheguem aqui, depois de acrescidas as taxas, com quase o mesmo preço de lá. Talvez seja uns 5% mais caro. Mas isso é algo com que eu me preocupo muito. Uma jaqueta, por exemplo, vai continuar custando por volta de 150 euros. (Mais ou menos R$ 390).

    E a coleção que estiver aqui vai ser a mesma que está em Paris, por exemplo?

    Obviamente nós temos coleções inversas, certo? Verão aqui, inverno lá e vice-versa. Mas, serão quase todas as mesmas peças. Por exemplo, mesmo que aqui seja inverno, eu posso mandar peças do nosso verão lá, sempre temos jaquetas, alguma blusa de manga comprida. Uma coisa eu garanto: a loja de São Paulo vai ter nossos best sellers, as melhores peças sempre.

    Jérémie Rozan, dono da Surface to Air, que está no Brasil para a reabertura da sua loja

    A Surface to Air tem um e-commerce muito forte, não é?

    Sim. Acredito muito nessa maneira de vender e damos uma atenção super especial para isso. Durante os três últimos anos nossas vendas pela internet dobram a cada ano.

    Você pensa em fazer alguma coleção cápsula ou peças que só serão vendidas na loja paulistana?

    Sim! Eu estou de olho no mercado, buscando pessoas que se destaquem da moda ao design para trabalhar como nossos colaboradores. E o que eles desenvolverem aqui, quero dar proporções internacionais e levar para as outras lojas da Surface também.

    A matriz da marca está em Paris, aí vocês abriram loja em Nova York e depois São Paulo. Quais foram as principais diferenças na sua opinião para entrar nesses dois mercados?

    Não tem muita diferença. Você sempre enfrenta as mesmas questões: pessoas para gerir a loja, alguém que cuide das importações, divulgação na mídia… São sempre as mesmas burocracias. E dia 15 de dezembro abriremos nossa segunda loja em Paris. Mas talvez a diferença do Brasil seja que as taxas de importação são mais altas.

    Nova filial da Surface to Air no Brasil ©Divulgação

    Pelo visto esse será seu grande desafio, não acha?

    Sim! Eu gostaria que o Brasil abrisse mais seu mercado para a importação. É um mercado muito protecionista. Gostaria que os produtos pudessem chegar aqui e as pessoas tivessem o livre arbítrio de escolher. Dessa maneira é o governo que escolhe o que chega aqui, não as pessoas.

    Se eu perguntassem agora que marcas brasileiras te vêm à cabeça? Quais você diria?

    Amapô, Triya, Paula Raia, Neon, Alexandre Herchcovitch.

    Você também é diretor de filmes, não é? Pode falar um pouco disso?

    A Surface to Air em Paris é um estúdio também. Então começamos a fazer os filmes publicitários dos nossos clientes. Por exemplo: sobre os relógios da Louis Vuitton, as fragrâncias da Lanvin, Givenchy. Dirijo sempre os vídeo clipes do Justice, já dirigi Kanye West. E ano que vem lanço meu primeiro longa. Mas, isso é segredo ainda!

    Não deixe de ver
    Alessandro Michelle está indo para a Valentino: marca confirma novo diretor criativo
    Moda e comida estão cada vez mais juntas
    Os tênis de corrida preferidos de quem pratica o esporte – e dos fãs da peça em si
    Evento da Nike x Survival na Guadalupe Store termina em confusão e feridos
    Está todo mundo correndo? Como a corrida se tornou o esporte que mais atrai praticantes
    Lollapalooza 2024: os looks dos artistas
    Hailey Bieber na nova campanha da Fila, a possível venda da Rare Beauty, de Selena Gomez, a mudança do nome do tênis Vert no Brasil e muito mais
    Pierpaolo Piccioli está de saída da Valentino
    O estilo de Olivia Rodrigo: De garotinha a alt-punk
    Os looks de festival de Kate Moss para se inspirar