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    Top Bruna Tenório fala sobre sua carreira – que quase não começou
    Top Bruna Tenório fala sobre sua carreira – que quase não começou
    POR Redação

    Bruna Tenório no backstage da R.Rosner ©Carla Valois/FFW

    No SPFW para alguns poucos desfiles, a modelo alagoana Bruna Tenório alcançou o que nenhuma outra em sua cidade conseguiu: ser reconhecida internacionalmente por seu trabalho, estampar as capas das publicações de moda mais importantes do mundo e desfilar para grifes que fazem parte do imaginário de toda fashionista.

    No backstage da marca R.Rosner, estreante nas passarelas do SPFW, Bruna Tenório, extremamente elegante de conjunto Lucy In The Sky, bolsa Chanel e acessórios Vighi Design, bateu um papo com o FFW e contou um pouco da sua trajetória – desde os tempos difíceis de new face, quando quase desistiu da carreira de modelo – até hoje, em que carrega o status de top.

    Bruna Tenório no backstage da R.Rosner ©Carla Valois/FFW

    Como começou a sua carreira?

    Eu comecei aos 16 anos de idade, depois de tentar muitos concursos na minha cidade, Maceió, e aqui em São Paulo. Nada estava dando certo e chegou um momento em que eu falei: “Ah, deixa, eu não quero mais ser modelo, vou desistir dessa profissão e vou tentar outras coisas”. Eu estava fazendo PSS 1 e 2 [como o vestibular da Universidade Federal de Alagoas era conhecido] de Jornalismo e estava indo para o terceiro ano do colégio quando um booker de São Paulo foi passar férias em Maceió e viu uma foto minha de um dos concursos que eu tinha participado. Ele foi atrás de mim, queria me ver pessoalmente. Quando nos encontramos eu já tinha certo na minha cabeça que seria a última vez que iria tentar…e foi na última vez que deu certo!

    E quais foram os seus primeiros trabalhos?

    Ele [o booker] me convidou para vir fazer parte da agência dele aqui em São Paulo, que era uma muito pequena e hoje já não existe mais. Eu vim com a minha mãe e participei do SPFW. Fiquei os seis primeiros meses em São Paulo e depois assinei contrato com a agência em Nova York.

    Sua mãe inicialmente veio com você?

    Veio, ela ficou os dois primeiros anos morando comigo morando lá em Nova York.

    Você gosta de moda desde pequena? Porque em Maceió não havia muito interesse no assunto quando você era criança.

    Antigamente não havia em Maceió esta coisa de seguir tendências ou um mercado de moda muito forte, mas eu percebo que hoje em dia Maceió cresceu muito nesse aspecto, há muitos blogs novos e as pessoas estão mais antenadas. É muito bom ver que a sua cidade está crescendo.

    Mas seus pais influenciaram você?

    Minha mãe foi costureira durante muitos anos, teve um ateliê durante sete anos e eu sempre acompanhei, desde pequena, essa sequência da confecção das roupas. Ela também comprava revistas como “Manequim” e eu aproveitava os retalhos de tecido para fazer roupas para as minhas bonecas, mas eu não penso nunca em ser estilista, sempre tive uma paixão por roupas, acho que é uma coisa de toda mulher. Eu também sempre fui fã de muitas modelos, admirava muito essa profissão, era o meu sonho…e deu certo!

    Detalhe do look de Bruna Tenório ©Carla Valois/FFW

    Detalhe do look de Bruna Tenório ©Carla Valois/FFW

    Como é morar em Nova York?

    No começo foi assustador! Sair de Maceió para vir para São Paulo já foi um susto, imagina Maceió-Nova York. Se eu não tivesse minha mãe comigo eu não teria conseguido porque eu não falava a língua, não conhecia ninguém, então o primeiro ano foi meio complicado. Mas todos os dias eu ia na escola de inglês, hoje em dia, graças a Deus, eu tenho amigos e minha agência, que me ajuda em tudo… eu tenho a minha vidinha lá. Hoje em dia não me imagino morando em outro lugar. Venho bastante para São Paulo trabalhar, tenho meu cantinho aqui mas, ao mesmo tempo, eu não me adapto à loucura da cidade. Em Nova York eu sei me virar, sei como pegar metrô e me sinto segura.

    Como surgiu a ideia de criar o seu blog [blogbrunatenorio.com]?

    Meu pai! Ele sempre lia as minhas redações no colégio e me influenciou a fazer jornalismo porque fala que eu escrevo super bem, mas não sei, né? Pai coruja é suspeito para falar. Então, quando comecei a minha carreira, passei por muitas coisas, que pouca gente sabe, boas e péssimas experiências. Meu pai sempre disse que podia fazer um livro com essas histórias. Quando fui para Hong Kong, por exemplo, me perdi na rua e não sabia falar uma palavra em mandarim, ninguém me entendia, chorei bastante. Enfim, no início foi difícil e meu pai sugeriu que eu criasse algo para que as pessoas pudessem me acompanhar, até porque na época nenhuma modelo tinha blog. Só quando comecei que tomei gosto, hoje eu adoro.

    No seu blog você usa muitas referências literárias e de cinema. O que você gosta mais de ler e assistir? 

    Eu gosto de comédias, filmes que vão colocar o meu astral lá em cima. E livros, gosto dos que vão me fazer chorar e pensar na história durante algum tempo.

    Como é lidar com a exposição de se ver nas capas de revistas?

    Acho que não tive nem tempo de parar para pensar nisso, mas é bom. É gostoso ver o seu trabalho reconhecido e saber que você alcançou mais uma meta.

    Bruna sendo maquiada no backstage da R. Rosner ©Carla Valois/FFW

    A pergunta clássica: quais os produtos de beleza você carrega na bolsa e acha indispensáveis no seu dia-a-dia?

    Durante as semanas de moda eu não carrego nada porque a gente está sendo maquiada o tempo inteiro, mas no dia-a-dia eu levo aquela canetinha “Touch Éclat” da Yves Saint Laurent e o lip balm da Neutrogena. Antes da maquiagem eu lavo o rosto com sabonete líquido e passo a base que falei e o lip balm, não uso muita maquiagem.

    Como surgiu a ideia de abrir a Sfilata [loja/brechó que a modelo abriu em Maceió]?

    Depois de cinco anos modelando, eu não tinha mais lugar para colocar as minhas roupas. Eu dividia tudo entre o meu apartamento de São Paulo, Nova York e na minha casa em Maceió e não tinha mais espaço em nenhum dos três guarda-roupas. Eu não sabia o que ia fazer com tanta roupa! Eu dava algumas peças para as minhas primas e minha mãe também ficava com muita coisa, mas chegou uma hora que eu tinha que fazer algo com isso, um bazar ou um evento… e doar para a caridade. E aí foi que surgiu a ideia da minha mãe de abrir um brechó lá na minha cidade. Nós investimos e montamos a loja, que está dando super certo. Quando a gente fez a inauguração da Sfilata, 50% da renda foi revertida para instituições de caridade locais. Então temos também esse projeto social, que eu acho muito legal e que nenhuma outra loja em Maceió tem. Por ser um brechó, é a grande novidade da cidade porque em Maceió não existe brechó deste nível, lá tem sapatilhas Chanel, bolsas Gucci, peças da Isabel Marant e de várias outras marcas internacionais, boa parte das coisas eu ganho em desfiles e não cabem em mim, são grandes demais e eu não tenho tempo de apertar. Eu tenho tanta coisa, por que não dividir e levar coisas boas para a minha cidade?

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