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    POR Camila Yahn

    Fábio Souza, dono do brechó À La Garçonne ©Ricardo Toscani

    O brechó À La Garçonne reabre neste sábado (15.06) em novo endereço, agora na rua Oscar Freire, 2.127, em São Paulo.

    Inaugurado em 2009, o espaço hoje é um dos brechós mais conhecidos e respeitados na cidade. Nas araras e prateleiras, há uma ampla oferta de peças, que vão desde as clássicas camisetas de banda a jaquetas punk originais dos anos 1970, vestidos do início do século, peças antigas da Chanel e Courrèges à roupas étnicas Navarro, sapatos e tênis. Todos os produtos são importados, garimpados por Fábio Souza, dono da loja, nos Estados Unidos, Europa e Japão. Os brechós também não têm apenas a função de vestir, mas também servem como fonte de pesquisa para estilistas, stylists e figurinistas.

    Antes, Fábio costumava trazer as peças de viagens, mas hoje compra em quantidades maiores selecionadas diretamente com fornecedores que são como dealers, que buscam o vintage e vendem para o atacado. São experts em achar peças raras e abastecem os melhores brechós do mundo. Seus nomes valem ouro e são mantidos em segredo.

    Apesar de circular no ambiente vintage seja na Europa ou no Japão, Fábio acredita que o Brasil não está preparado para encarar isso como um estilo de vida. “Em outros países muitas pessoas vivem em torno disso e compram não só roupas, mas móveis antigos”, diz. “Aqui é algo cultural. Nossas construções antigas foram demolidas para dar espaço a prédios feios, com design tosco. Nunca vi um vestido brasileiro da virada do século. A nossa história é destruída, não é valorizada”.

    Parte de cima das novas instalações do À La Garçonne ©Ricardo Toscani

    Parte da implicância do brasileiro com peças vintage está na ideia antiga de que roupa de brechó é roupa de caridade, que custa R$ 20. “Isso é uma lenda. Você pode encontrar nos EUA brechós que são verdadeiras muvucas, com as peças sujas, bagunçadas e mal selecionadas. Aí você vai encontrar coisas muito baratas mesmo. Mas é bem diferente de você ir a um brechó bacana no Soho, por exemplo, com uma curadoria de roupas e super bem cuidadas”.

    Segundo Fábio, alguns critérios podem encarecer ou não uma peça antiga: o produto, a marca, o tecido, a raridade, a época e o nível de conservação.

    Fábio nasceu em Marília e veio para São Paulo aos 18 anos estudar decoração. Após uma temporada em Milão fazendo um curso de móveis, foi morar em Belo Horizonte em busca de uma vida mais tranquila que a caótica São Paulo. Lá, trabalhava de casa e tinha uma pequena loja chamada Belory Hills, uma brincadeira com Beverly Hills e Belo Horizonte. Em 2007, em uma visita a São Paulo para visitar fornecedores, ele conheceu o estilista Alexandre Herchcovitch, com quem se casou pouco tempo mais tarde.

    Se em BH ele levava uma vida hippie, foi só voltar a São Paulo para logo abrir sua loja própria. “São Paulo praticamente te obriga a agitar”, diz.

    Hoje, ele faz o que gosta, seu negócio está crescendo, assim como a cultura em torno dos brechós no Brasil. “O mundo não suporta mais tanta produção. Precisamos usar e reutilizar o que está aí, que já é bastante”.

    À La Garçonne
    Rua Oscar Freire, 2.127, Pinheiros, São Paulo

    @alagarconne

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