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    Alícia Kuczman
    Alícia Kuczman
    POR Camila Yahn

    Alícia fotografada por Mariella Kröll ©Reprodução

    “Uma festa que anda” é só uma das expressões usadas para descrever a modelo brasileira Alícia Kuczman. Durante as temporadas de moda, ela não passa despercebida – e não é só por causa dos seus acessórios de prataria indiana ou de brechó, por causa da sua risada contagiante ou do seu “i’m sorry” – transformado carinhosamente pelos amigos em um “aimi sóri” bem humorado. Alícia tem presença e energia é contagiante para quem trabalha ou passeia pelos backstages durante as temporadas de moda.

    Uma das recordistas de desfiles há várias estações, aos 19 anos, a paranaense de Cascavel esteve em 25 dos 29 desfiles do line-up do Verão 2013 no Fashion Rio. E com o pé lesionado. No SPFW, participou de 23 dos 32 desfiles e ainda teve tempo para fotografar a campanha da Ellus e a de Alexandre Herchcovitch, para a qual participou também de um vídeo.

    Alícia com Aline Weber na campanha da Ellus Outono/Inverno 2012 ©Reprodução

    Agora, Alícia está em Nova York cavando seu espaço no mercado internacional — que ainda não se pode dizer que ela conquistou, apesar de em 2010, aos 17 anos, ter desfilado para marcas como a Miu Miu, Marc Jacobs e Jil Sander. Na época, a modelo era considerada muito magra pela imprensa nacional e a sua autoconfiança estava em baixa, mas nada que a tenha derrubado. “Eu tenho muita certeza de quem sou. Existem críticas construtivas e destrutivas, e eu tento me fechar em uma bolha para não me deixar influenciar por isso”, diz ao FFW.

    A primeira capa que fez para a primeira versão da “L’Officiel” brasileira, em abril de 2010, definia Alícia como “New Fashion Shark” (o novo tubarão da moda). Agora ela está na capa da “Elle” de agosto como a “nova bombshell”. Mas o que faz dela a modelo do momento? O FFW conversou com algumas personalidades do mundo da moda – de stylists a agentes, designers e diretores de desfiles – para saber o que faz de Alícia uma menina tão especial.

    Alícia Kuczman exibindo o seu bronzeado no backstage do Fashion Rio Verão 2013 ©Juliana Knobel

    Daniel Ueda, stylist

    “Além dela ser linda, esta temporada estava com um corpo absurdo. A Alícia transcende essa coisa de modelo muito fashion. Acho que a personalidade conta muito, e a dela é inacreditável, desde a forma como se veste — acho que ela tem sempre uns looks lindos! E isso por vezes conta mais do que a beleza. E ela tem atitude, ainda. No Brasil, está fazendo tudo. Quando foi para fora talvez não fosse o momento certo, mas se ela for agora, vai conseguir com certeza. Vamos cruzar os dedos para ela dar certo na próxima temporada. A guerra lá fora é maior do que aqui, tem muito mais competição. A Alícia tem uma energia muito leve e engraçada. Sem nunca deixar de ser profissional”.

    Alícia para a Triya, 2nd Floor e Nica Kessler no Fashion Rio Verão 2013 © Zé Takahashi/Ag. Fotosite

    Anderson Baumgartner, agente de Alícia e sócio da Way Model Management

    “A Alícia já era modelo há dois anos em São Paulo, mas ninguém a conhecia e ela me procurou. Quando eu a vi, há uns três anos e meio, tudo me chamou a atenção: era uma menina forte, inteligente e com bons argumentos. Eu falei ‘a gente tá diante de uma menina especial’ – dois meses depois, estava nas melhores revistas do Brasil e na temporada seguinte foi recordista de desfiles. A velocidade com que isso aconteceu trouxe muita confiança para ela. A Alícia nunca deixou a peteca cair. Quando tinha 17 anos, foi apontada como magra demais por alguns jornalistas, e foi um momento difícil que passamos juntos. Hoje ela está mais mulher e está mais encorpada e na minha opinião é uma das modelos mais promissoras. A Alícia reúne tudo. Não basta só ser bonita, alta e magra, tem que ter personalidade também. E ela tem. É uma modelo muito versátil, faz moda praia e inverno com a mesma facilidade”.

    Alícia para Marc Jacobs, Miu Miu e Jil Sander na temporada de Inverno 2010 ©Reprodução

    Alícia desfilando na Austrália para Johanna Johnson Primavera-Verão 2013; em Tóquio para Yuki Torii Primavera-Verão 2012; e em Nova York para a Edun Primavera-Verão 2011 ©Reprodução

    “Agora é o melhor momento dela, mas ainda terá melhores! Quando fez o desfile do Marc Jacobs, em 2010, ela não estava madura, e foi insegura com o seu corpo. Mas ela não desistiu, foi para outros mercados, como o Japão e a Austrália para melhorar o inglês, conhecer o mundo. Agora está em para Nova York para se preparar para os desfiles de setembro”.

    Lino Villaventura, designer

    “Eu gosto muito dela, ela já fez vários desfiles meus. A Alícia tem uma identidade e uma personalidade muito próprias, é original. Neste último desfile [no SPFW Verão 2013], eu pedi para elas serem mais performáticas e ela superou todas as expectativas, inclusive as dela mesma! Eu gosto que cada modelo mostre as suas características, porque a roupa tem que pegar a alma das pessoas e com a Alícia isso acontece sempre. Ela é bem humorada, é uma festa que anda! E é muito espontânea, uma coisa que hoje é raro de encontrar. E eu adoro a maneira como ela se veste. É muito descontraída, não é rígida nas coisas. Ela tem várias facetas e várias expressões, poderia até ser atriz, com certeza!”.

    Alícia desfilando para a Forum, Alexandre Herchcovitch e Lino Villaventura durante o SPFW Verão 2013 © Zé Takahashi/Ag. Fotosite

    Ruy Furtado, diretor de desfiles

    “Ela é muito espontânea, sempre chega sorrindo, e nunca de má vontade. É uma modelo que tem um jeito especial, que todos os estilistas gostam, e nela nada é forçado. Acho que é isso que a distingue de outras modelos, esse jeito espontâneo de ser. Se você a chamar para fazer provas de roupa, mesmo que seja tarde ou em um horário difícil, ela vai sorrindo. Ela ainda vai acontecer lá fora, tenho a certeza. Ela tem tudo para isso. Na altura em que ela foi, era magra demais, porque era uma menininha. Mas é assim, é o biótipo dela! Se você visse a mãe dela, você ia entender. A Alícia come muito! Mas agora que ela cresceu, adquiriu corpo e acho que está no momento certo; eu torço muito para isso”.

    Paulo Martinez, stylist

    “O sucesso da Alícia é mais do que merecido. Ela é a coisa mais querida do tio Paulo, eu falo sempre. Desde que ela fez a “MAG!” Holanda a gente se apaixonou por ela. O que faz a diferença é a personalidade, que é bem marcante. Fora todas as coisas naturais, a beleza, a postura, o corpo, ela tem um encantamento especial. O jeito como se veste, como chega, a simpatia… e profissionalmente ela é super correta, faz as coisas que tem que fazer, e certo. [Sobre o mercado internacional], talvez estivesse na hora errada. Essa coisa internacional é tão o momento certo na hora certa, né? Eu prefiro que ela fique aqui, para a gente usa-la mais, do que ela ir embora e a gente não ver mais”.

    Alícia na capa e em editorial da “MAG!” nº26, em 2011 ©Reprodução

    Em editorial da “MAG!” nº 30, em 2012 ©Fábio Bartelt/Reprodução

    Adriana Bozon, designer na Ellus 

    “Para a campanha Verão 2013, a Ellus traz a Alícia ao lado da Mariana Coldebella e mais dois meninos – o Arthur Sales e o Michael Camiloto. Ela está na melhor fase. Nestas últimas temporadas percebemos que ela está passando por uma transição, para uma fase mais adulta. Gostamos muito de trabalhar com ela na Ellus, ela é autêntica, livre e extremamente profissional. E também tem energia, atitude e personalidade. É muito versátil e consegue encarnar diversas mulheres: pode ser clássica, moderna e sexy”.

    Alícia em editorial da “U+MAG” em julho de 2010 ©Santiago Albanell/Reprodução

    E o que a própria Alícia tem a dizer?

    “A única coisa que posso dizer é que me sinto muito honrada. Quando você faz as coisas com amor e se sente bem, e ainda é reconhecida, é muito bom. É assim que eu sou, então para mim isso é muito natural, sou assim com todo mundo! Agradeço muito e me sinto muito honrada.

    Agora pretendo ficar em Nova York. Fazer a mala e ir – deixar a vida me levar. Eu sou pisciana, então não gosto de viver com ansiedade e expectativa, o que é para ser meu, vai ser. A vida é a melhor escola, a melhor faculdade e eu posso dizer que vivi. Sem medo. Não tenho referência nenhuma, admiro muito a Gisele, porque a acho incrível, mas acho que  cada ser é único e cada pessoa tem a sua energia”.

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