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    Thomaz Azulay, ex-Blue Man, volta ao mercado com marca focada em estampas The Paradise
    Thomaz Azulay, ex-Blue Man, volta ao mercado com marca focada em estampas The Paradise
    POR Redação
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    Thomaz Azulay e Patrick Doering, sócios da The Paradise ©Marcela Duarte/FFW

    Nos próximos dias, a chegada ao mercado de uma nova marca deve causar comoção entre os fashionistas — pelo menos aqueles adeptos de um certo grau de maximalismo. A The Paradise é o novo projeto do estilista Thomaz Azulay, que deixou a Blue Man em março para se dedicar à sua grife. Ele vai dividir a direção criativa com o sócio Patrick Doering, publicitário que já passou pela Mara Mac e pela Joalheria Sara, num trabalho dedicado à engenharia de estampas, técnica em que, depois de criados, os desenhos são adaptados de acordo com a peça.

    Nas estampas digitais, um dos elementos que devem aparecer com frequência é o unicórnio, símbolo da marca. “São cenários meio fantásticos, fala de um Rio de Janeiro meio inabitado, muita natureza, tem elementos mágicos, sereias, unicórnios”, diz Thomaz. Como o foco está nas estampas, serão peças mais clássicas, de cortes retos. A coleção de estreia, que deve começar a ser vendida ainda em dezembro, será de Alto Verão, numa edição limitada e de peças numeradas. A venda será pelo e-commerce da The Paradise e em trunk shows no Rio e em São Paulo — não há planos de investir em lojas neste momento.

    Confira abaixo a entrevista completa com os dois sócios em que eles falam sobre a The Paradise e o que esperam do mercado para marcas voltadas à estamparia no Brasil.

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    Look da coleção Alto Verão da The Paradise ©Reprodução The Paradise

    Como surgiu essa parceria entre vocês dois?

    Thomaz: É uma parceria de muitos anos. Sempre trabalhamos separados, cada um com as suas frustrações profissionais, e buscamos encaixar isso, buscar o sucesso. A gente tinha o nosso caminho, pensava muito parecido, mas sempre trabalhamos separado, e aí resolvemos juntar as forças.

    Patrick: Chegou esse momento em que o Thomaz saiu da Blue Man e eu resolvi sair da [Joalheria] Sara, onde estava trabalhando, para unir forças.

    No Instagram, a marca está com o nome de Paradise.Rio. Por quê?

    Thomaz: O Rio está muito nas nossas veias, mesmo se a gente fizer uma coleção que o tema seja São Paulo, vai ter um astral do Rio, uma leveza carioca.

    A Blue Man tem um DNA muito forte, super Rio de Janeiro, e a Paradise também tem um DNA carioca. Como diferenciar uma marca da outra, qual a característica de uma e de outra?

    Thomaz: A Blue Man é moda praia, e a Paradise não é moda praia.

    Patrick: A Paradise é um tropical ultraestampado, mas tudo para a noite. A gente trabalha sempre com bases naturais, como a seda, então é bem rico. Claro que você pode circular por todos os ambientes, mas longe da praia.

    Thomaz: É mais sofisticado. Eu sempre digo que a sofisticação da Blue Man está na simplicidade e na proximidade com a realidade. A Paradise é uma sofisticação de tecidos, de modelagens, um trabalho de estamparia muito forte, tem uma engenharia de estamparia muito forte, porque é tudo localizado, tudo pensado em cima da roupa.

    Quem vocês imaginam que será a consumidora da Paradise?

    Thomaz: Durante a minha experiência na Blue Man, eu desmistifiquei essa imagem da cliente porque eu percebi que eu vestia mulheres que gostavam de estampa. Mais do que uma mulher da classe A, da classe B, da zona Sul, da Barra, de São Paulo, do Nordeste… eram mulheres que se identificavam com aquele estilo exuberante que eu inseri um pouco na Blue Man.

    Patrick: E a gente pensa estampa como obra de arte mesmo, o rigor, o trabalho. Primeiro nasce a estampa, depois ela encaixa em uma modelagem e aí nasce a roupa. A gente quer que as pessoas vistam roupas e que se sintam como se fosse obra de arte.

    Vocês vão abrir lojas?

    Thomaz: Não, o plano nesse primeiro momento é o e-commerce da marca, que vai entrar no ar junto com trunk shows no Rio e em São Paulo.

    E vocês acham que a consumidora da Blue Man hoje vai ser também consumidora da Paradise?

    Thomaz: Pode. Elas têm a ver. Uma parcela sim. Mesmo a Blue Man tendo um DNA muito forte, eu inseri um pouco do meu DNA também, essas estampas muito coloridas, coisa muito exuberante. Meu tio gostava de uma Blue Man até brejeira, ele gostava de falar do Brasil, do Nordeste, de trabalho artesanal. Eu já fui para outro lado de estamparia, mas que tinha a ver, o DNA tá ali dentro, é o mesmo, a escola foi a mesma. Uma parcela das mulheres que compram Blue Man vão comprar Paradise também.

    Como é essa coleção Alto Verão, que é como vocês vão apresentar a Paradise?

    Thomaz: É uma coleção cápsula, o trabalho de estamparia não tem um tema específico, é muito em cima do astral e do universo da marca. São cenários meio fantásticos, fala de um Rio de Janeiro meio inabitado, muita natureza, tem elementos mágicos, sereias, unicórnios.

    Patrick: O unicórnio é o símbolo da marca. Ele entra várias vezes nas estampas pontuando a coleção.

    E como são os shapes?

    Thomaz: É uma coleção de shapes bem clássicos, camisa, camisa feminina quadrada de seda, pantalona, saia lápis.

    Patrick: E a maior aposta são as polos de piquet de algodão estampadas.

    Thomaz: É tudo estamparia digital, e às vezes numa mesma estampa tem seis variações dela, uma para camisa, uma para calça, uma que vai entrar só na lateral. É um trabalho de engenharia de estamparia bem complexo.

    As estampas tropicais estão há algumas temporadas em alta e hoje nós temos várias marcas aqui no Brasil que são conhecidas pelas estampas. Vocês viram que tinha uma oportunidade de negócio? Como surgiu a ideia de uma marca voltada à estampa?

    Thomaz: A estampa tá na veia, eu cresci no meio de estampa. Por acaso naquela temporada que teve o boom de tropicalismo foi a temporada em que eu estreei na Blue Man. Foi muito natural para mim fazer estampas muito exuberantes, muito tropicais. Calhou de ser na hora certa também. Quando a estamparia tem DNA e identidade ela transcende a tendência, o momento. Mas cada vez é mais desafiador porque hoje em dia, com a estamparia digital, qualquer marca pode fazer estampas maravilhosas.

    E como vocês veem esse mercado? É muito concorrido?

    Thomaz: É concorrido, mas cada um tem uma identidade e o cliente sabe reconhecer. Com a estamparia digital, a indústria da cópia também veio numa velocidade galopante. Às vezes você desfila e lança junto com a cópia, mas os consumidores das marcas conseguem identificar a estética da peça.

    + Assista a vídeo da The Paradise:

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