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    SWU 2011: o balanço dos shows e o clima geral do “Survivor: Paulínia”
    SWU 2011: o balanço dos shows e o clima geral do “Survivor: Paulínia”
    POR Redação

    geral-swu-2011-pauliniaFoto geral do primeiro dia de SWU 2011 ©Juliana Knobel

    O isolamento (em Paulínia, interior de SP), a vulnerabilidade aos caprichos da natureza (sol à pino no primeiro dia; chuva, vento e lama nos dias seguintes), as intrigas (no palco e entre o público) e a exaustão física causada pelos três dias de SWU 2011 justificam o apelido de “Survivor: Paulínia” que o festival carinhosamente recebeu da redação do FFW. Acompanhe o balanço dos shows e o clima geral do evento que aconteceu de 12 a 14 de novembro:

    BALANÇO GERAL

    – O SWU 2011 reuniu um público de 179 mil pessoas nos três dias – 64 mil pessoas no primeiro, 45 mil no segundo e 70 mil pessoas no terceiro, representando um aumento de mais de 10% em relação a 2010.

    – 73 atrações musicais se apresentaram nos três palcos (Consciência, Energia e New Stage) e na tenda eletrônica (Heineken Greenspace). Entre os confirmados, houve apenas um cancelamento de última hora: o grupo Modest Mouse, cujo equipamento não foi entregue a tempo pela transportadora contratada pela banda para a apresentação.

    – Os boletins de ocorrência (quase todos por furto) foram de 78 no primeiro dia, 50 no segundo e de 12 no último dia. Quanto aos registros de atendimentos médicos, os números foram: 600 no primeiro dia, quando a cidade registrou temperaturas acima dos 30º; 192 no segundo dia e 120 no último dia.

    – A organização do evento espera reciclar 100% do lixo recolhido na arena do festival. E haja lixo! Já no primeiro dia, o sol não havia nem se posto ainda e, na região do palco New Stage, todas as lixeiras disponíveis estavam lotadas e o chão começava a sumir sob os copinhos de plástico largados pelo público.

    – A área de estacionamento do festival teve problemas devido à lama causada pela chuva do último dia. A organização do evento informou que “três guinchos, tratores e um bobcat foram deslocados” para “solucionar os problemas no local na noite de segunda-feira”, mas os esforços não foram suficientes e há relatos de gente que teve que pagar para conseguir ajuda para desatolar o carro do estacionamento.

    – Em coletiva de imprensa, Eduardo Fischer, presidente do Grupo Totalcom, idealizador do SWU, afirmou estar “muito feliz por a gente estar chegando numa quase-perfeição”, e disse que todos os problemas ocorridos nas duas edições do evento serão levados em consideração durante o planejamento para 2012 – que, segundo o próprio, acontecerá novamente em Paulínia, mas que para evitar as chuvas, não será em novembro, e sim em setembro ou outubro.

    SHOWS

    Emicida

    emicida-swu-2011Emicida ©Juliana Knobel

    A apresentação do rapper atraiu muita gente animada, que mesmo sob o sol fortíssimo (era alta a concentração de descamisados por metro quadrado) cantava e balançava as mãos com o músico — a energia era boa, com uma mistura legal de manos com a cueca de fora e patricinhas de óculos D&G. O show terminou com força quando Emicida anunciou a música “Triunfo” e bradou: “Levanta a mão quem é da resistência!” – com uma sonora manifestação do público.

    Miranda Kassin e André Frateschi

    miranda-e-andre-swu-2011Miranda Kassin e André Frateschi ©Juliana Knobel

    Tocando para um público pequeno mas cativo, Miranda e André abriram sua setlist de interpretações com a música “Artista é o Caralho” (Rubinho Jacobina), mas mostraram seu alcance vocal mesmo com “Oh Darling” (The Beatles), e “Toxic” (Britney Spears), terminando a apresentação pra cima com uma versão de “Under Pressure” (David Bowie).

    Matt & Kim

    matt-and-kim-swu-2011Matt & Kim ©Juliana Knobel

    A dupla norte-americana Matt & Kim surgiu com um palco simplérrimo, composto apenas de uma plataforma, um teclado (dele) e uma bateria (dela), e munidos simplesmente de muito carisma e uma vontade louca de tocar, fizeram o que acabou sendo uma das melhores apresentações do SWU 2011. Cheios de energia, conversaram o tempo todo com o público (Kim chegou até a elogiar o seios de uma fã empolgada que pulava sem parar na frente do palco), agradeceram todas as músicas em português, jogaram bexigas para a plateia e prometeram que quem ajudasse a cantar o refrão da música “Lessons Learned” se daria bem – sexualmente – à noite. Um dos momentos mais divertidos da apresentação (que conquistou até os fãs de OFWGKTA, que já aguardavam a apresentação do grupo) foi quando a baterista Kim Schifino deu um show de equilíbrio ficando de pé nos ombros da plateia e descendo até o “chão” ao som de “Run the World (Girls)”, da Beyoncé.

    OFWGKTA

    odd-future-swu-2011Odd Future Wolf Gang Kill Them All ©Juliana Knobel

    Muitos fãs aguardavam ansiosamente a entrada do Odd Future Wolf Gang Kill Them All, grupo de hip-hop da California frequentemente descrito como “horrorcore” — embora os próprios integrantes do coletivo repudiem o rótulo. O público, fiel, cantou junto, pulou, e fez um mosh tenso que fez até com que o líder do OFWGKTA, Tyler, The Creator, fizesse sinal com as mãos como quem pede “menos”. Apesar de muita gente ter passado o show inteiro gritando para a produção, pedindo para aumentar o som dos microfones, que estava muito baixo, os fãs curtiram a apresentação e foram à loucura durante a música “Yonkers”.

    Damian Marley

    damian-marley-swu-2011Damian Marley ©Juliana Knobel

    Já no anoitecer do primeiro dia de SWU, Damian Marley subiu ao palco para apresentar músicas próprias e reverenciar o legado do pai: “Vocês amam Bob Marley? Vocês amam reggae music?”, ele gritou ao público, que respondeu à altura e cantou junto “Could You Be Loved”, um dos sucessos de Bob Marley tocados durante o show. Mesmo para quem não é fã do estilo, deu para apreciar o clima da apresentação – foi bonito ver o pessoal que, mesmo longe do palco e da muvuca, curtia a música e dançava com tranquilidade no espaço entre os dois palcos principais.

    Snoop Dogg

    snoop-dogg-swu-2011Snoop Dogg ©Juliana Knobel

    Reunindo uma das plateias mais heterogêneas do SWU 2011, o show do rapper Snoop Dogg foi divertidíssimo, com muitos hits e o apoio das três dançarinas e do “Nasty Dogg”, um mascote como os típicos de eventos esportivos norte-americanos. Apesar de ter ignorado o clássico “Gin and Juice”, o público vibrou com sucessos como “Beautiful” (cujo clipe, aliás, foi gravado no Brasil) e “Drop it Like it’s Hot”, cantando junto e balançando as mãos. “Eu represento paz, amor e alma, e paz, amor e alma é o que eu vejo aqui”, afirmou o rapper antes de encerrar a apresentação dançando ao som da gravação de “Minha Fantasia”, do Só Pra Contrariar, que o público ajudou a entoar.

    Kanye West

    kanye-west-swu-2011Kanye West ©Juliana Knobel

    Para sua apresentação no SWU 2011, Kanye West usou todos os recursos a que tinha direito: um cenário grandioso com luzes LED, efeitos de fumaça, faíscas, lasers, muitas dançarinas e até troca de figurino. O show foi longo, mas, afiado, o rapper exigia o envolvimento do público a toda hora. Depois de alguns segundos da música “Gold Digger”, ele mandou parar tudo e, voltando-se para a plateia, falou: “Vocês sabem que estamos só começando, certo? Eu toquei alguns hits aqui, mas nenhum hit de verdade; então vamos recomeçar essa música, e dessa vez eu quero que vocês pirem!”. Em outro momento de interação, ele afirmou: “Hoje à noite muitos dos meus sonhos se tornaram realidade: tocar em um dos meus lugares preferidos no mundo, para pessoas tão bonitas! Vocês são uma ótima audiência”, acrescentando que estava feliz porque duas pessoas que ele admira muito estavam na plateia: o rapper Tyler, The Creator, e Ricardo Tisci, diretor criativo da Givenchy.

    !!!

    tickticktick-swu-2011!!! ©Juliana Knobel

    Quando os músicos do !!! tomaram os seus lugares e começaram a tocar, notava-se uma certa falta de carisma… Solucionada no exato segundo em que o vocalista Nic Offer pôs os pés no palco, com seu figurino de camisa listrada e shortinho azul, fazendo caras e bocas e dançando em um estilo meio Mick Jagger, meio Mika. Com as músicas dançantes e a simpatia do líder da banda – que em dois momentos do show desceu do palco e andou entre as pessoas da plateia –, o !!! conquistou até as fãs de Hole que já guardavam lugar para a apresentação da banda de Courtney Love, que só tocaria horas mais tarde.

    Chris Cornell

    chris-cornell-swu-2011Chris Cornell ©Juliana Knobel

    Chris Cornell foi o injustiçado da noite, tomando a culpa por uma briga que não foi dele. O que aconteceu é que no backstage houve discussão e pancadaria entre membros das equipes do Ultraje a Rigor e de Peter Gabriel, devido ao atraso no cronograma causado pela chuva – a equipe de Peter Gabriel, que se apresentaria às 20h55, queria que o Ultraje, marcado para as 16h05 mas que só entrou no palco às 17h40, tocasse apenas meia hora para compensar o atraso. O Ultraje se recusou, justamente, mas no palco, a meia-informação de que a briga havia sido com um “gringo” – sem especificação de qual — fez o público acreditar que a culpa era de Chris Cornell, programado para entrar logo depois da banda de Roger. Resultado: vários fãs do Ultraje decidiram permanecer para a apresentação de Chris Cornell, xingando o cantor e fazendo ofensas do tipo “seu cabelo de miojo!”. Triste.

    Independentemente disso, Cornell subiu ao palco de bom humor, comentando que sempre chove quando ele toca em eventos externos, e fazendo um show acústico belíssimo com músicas que representavam várias fases de sua carreira como vocalista do Soundgarden, Audioslave, Temple Of The Dog e como artista solo. Destaque para a emocionante rendição de “Can’t Change Me”; as performances de “Black Hole Sun” e “Hunger Strike”, que levantaram o público; e a participação especial de Alain Johannes, ex-músico da banda Eleven.

    Duran Duran

    duran-duran-swu-2011Duran Duran ©Juliana Knobel

    O Duran Duran apresentou músicas de seu álbum mais recente, “All You Need is Now”, lançado em dezembro de 2010, mas o show da banda no SWU foi mesmo focada nos sucessos do passado – para alegria dos fãs, que se emocionaram e cantaram “Come Undone”, “A View to a Kill” e “Rio”, entre muitos outros hits. Simon Le Bon e seus companheiros cativaram a plateia durante o show inteiro, e botaram todo mundo – mesmo – pra dançar.

    Hole

    hole-swu-2011Hole ©Juliana Knobel

    O show do Hole atraiu um grande número de meninas concentradas na boca da palco – e uma quantidade ainda maior de marmanjos esperando algum barraco da vocalista Courney Love, que não decepcionou este segundo grupo. Desbocada, ela falou sobre Kurt Cobain e Billy Corgan (“Não sei se vocês sabem, mas a gente saía. Mas a gente não transava – bem, transamos uma ou duas vezes”), insultou outros artistas (quando a resposta do público foi fraca em um momento em que ela queria atenção, ela disse: “Isso foi ridículo, vão assistir Chris Cornell!” — de novo ele),  e ameaçou parar o show quando se irritou com um fã do Foo Fighters. Na verdade, ela chegou a deixar o palco, mas voltou depois que o guitarrista Micko Larki pediu para a plateia gritar “O Foo Fighters é gay!”. “Eu não me importo se você gosta do Foo Fighters, mas não goste deles na minha frente”, ela disse quando retornou ao show, que incluiu os hits “Celebrity Skin”, “Violet”, “Malibu” e “Miss World”.

    Sonic Youth

    sonic-youth-swu-2011Sonic Youth ©Juliana Knobel

    Mesmo debaixo de chuva, muita gente se reuniu para assistir ao Sonic Youth em sua possível última apresentação – desde o anúncio da separação de Kim Gordon e Thurston Moore, a própria banda disse em seu site oficial que seu futuro é “incerto”. Intercalando sucessos dos anos 1990 com jams e improvisos, o Sonic Youth não chegou a levantar o público, mas agradou aos fãs com a performance e a esperança de que a banda continue – antes de começar a última música, Thurston Moore se dirigiu à plateia e disse: “Espero vê-los novamente em breve”.

    Faith No More

    faith-no-more-swu-2011Faith No More ©Juliana Knobel

    Fechando o SWU 2011, o Faith No More agradou aos fãs e prendeu a atenção até de quem não acompanha a banda com muita performance e um som afiado. Com os integrantes todos vestidos de branco, o grupo apresentou hits como “Easy” e “Epic”, e contou com a participação do poeta e educador pernambucano Cacau Gomes e do coral das meninas da favela de Heliópolis, em São Paulo. O artista gringo que mais se esforçou para interagir com o público brasileiro, Mike Patton caprichou no português ao falar sobre os “boa noite, São Paulo” desejados durante outros shows, dizendo que “Não é São Paulo, é Paulínia!”, e  mandando “beijocas” ao fim da apresentação, antes do bis. Sem esquecer, é claro, do mantra “Porra!, Caralho!”, que ele puxou, entoado com furor pela plateia e que ainda ecoa nos ouvidos de quem esteve presente no espetáculo.

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