Por Marina Domingues, em colaboração para o FFW
Juana Ferreira, Bia Paes de Barros e Evilásio Miranda ©Marina Domingues/FFW
A semana de moda paulista recebe milhares de convidados todas as edições, desde curiosos, fashionistas e fãs das marcas, até jornalistas, modelos, estilistas, blogueiras e por aí vai. Mas a questão que fica é: além dos profissionais envolvidos e da imprensa especializada, por que essas pessoas frequentam o evento? Existe uma razão profissional por trás disso? É uma exigência de seus trabalhos ou é lazer? Conversamos com três profissionais da moda em diferentes áreas para entender por que elas frequentam o SPFW. Confira:
Juana Ferreira, buyer e diretora da Magrella, em Brasília
Juana Ferreira ©Marina Domingues/FFW
O que você veio fazer aqui?
Hoje eu vim assistir ao desfile da Lolitta, que é uma marca que está à venda na Magrella.
Como você seleciona os desfiles que vai ver?
Só vou aos desfiles de marcas que são clientes minhas na Magrella, ou seja, só de marcas que vendem na loja.
De que forma esse conteúdo impacta ou ajuda o seu trabalho?
É sempre importante ver o que essas marcas vão apresentar nas próximas coleções, ver as tendências, e é também nesse momento que eu faço os pedidos para a multimarcas. Vejo o desfile, seleciono o que é legal para o meu público e encomendo as peças já. Isso acontece tanto nos desfiles nacionais quanto nos internacionais.
Bia Paes de Barros, consultora de moda
Bia Paes de Barros ©Marina Domingues/FFW
O que você veio fazer aqui?
Assim como todos os outros dias, vim ver o que vai estar nas lojas na próxima estação.
Como você seleciona os desfiles que vai ver?
Tento assistir a todos, não faço essa seleção. Tudo é importante.
De que forma esse conteúdo impacta ou ajuda o seu trabalho?
Como consultora, preciso entender o que vai estar nas vitrines daqui a seis meses, a parte comercial mesmo do negócio, e para ter referência, seja de uma mistura de tecidos, uma combinação de cor, uma nova proporção, um acessório colocado de uma forma diferente no styling, que pode ser traduzido para o dia a dia de uma mulher normal. Isso é muito rico.
Evilásio Miranda, gerente de moda e design da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT)
Evilásio Miranda ©Marina Domingues/FFW
O que você veio fazer aqui?
Hoje eu vim assistir ao desfile da Gig Couture.
Como você seleciona os desfiles que vai ver?
Assisto aos desfiles das marcas que fazem parte do Tex Brasil, que é o programa da internacionalização da moda brasileira, esse é meu primeiro critério, e depois marcas que podem se tornar possíveis parceiras.
De que forma esse conteúdo impacta ou ajuda o seu trabalho?
O desfile ajuda a entender qual é o posicionamento da marca, especialmente para aquelas que a gente ainda não conhece, e a pensar como elas estariam no mercado internacional. Quando a gente enxerga uma combinação positiva, vê que ela pode ser bem aceita lá fora, vamos atrás da marca para começar essa parceria e fechar negócio. É uma plataforma de relacionamento superimportante para a Abit.