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    A escola que há 140 anos mantém viva a tradição do bordado à mão
    A escola que há 140 anos mantém viva a tradição do bordado à mão
    POR Redação

    O vestido de casamento de Kate Middleton ©Reprodução

    A Royal School of Needlework esteve sob os holofotes do mundo da moda depois que foi divulgado que a instituição foi a responsável pelo bordado das rendas do vestido, véu e sapatos de casamento de Kate Middleton, assinados por Sarah Burton, da Alexander McQueen. Na época, foi muito noticiada a disciplina aplicada no desenvolvimento das peças, como o fato de que as artesãs lavavam as mãos de meia em meia hora para manter a renda imaculada, e que as agulhas eram substituídas a cada três horas. Pouco se falou, no entanto, sobre a escola em si – que, aliás, recentemente recebeu a visita da agora Duquesa de Cambridge Catherine Middleton, que foi agradecer o trabalho prestado na manufatura de seu vestido de casamento. Na época, as bordadeiras não sabiam para quem era o vestido que faziam com tanto cuidado.

    Detalhe do bordado ©Reprodução

    Fundada em Londres em 1872, a Royal School of Needlework foi originalmente criada para revitalizar a arte do bordado e, assim, oferecer emprego a mulheres que, sem um meio de sustento, se encontravam na pobreza. Ironicamente, muitos anos depois, durante a Primeira Guerra Mundial, os homens é que se beneficiaram da instituição, já que o bordado era uma atividade que podia ser praticada pelos soldados fisicamente debilitados em batalhas. Já durante a Segunda Guerra Mundial, a instituição promoveu uma campanha de arrecadação de rendas que foram vendidas para custear os esforços da guerra – a então diretora da Royal School of Needlework, Lady Smith-Dorrien, foi mais tarde ordenada como Dama em reconhecimento a esse trabalho.

    A rainha Elizabeth II em suas vestimentas da coroação, incluindo a manta bordada pela RSN ©Reprodução

    O termo “Royal”, na realidade, só começou a ser utilizado em 1875, depois que a rainha Vitória se tornou a primeira patrona da escola, iniciando o longo relacionamento da RSN com a realeza britânica. Além de contar com muitos reis e rainhas entre seus patronos, a entidade foi a responsável pelos bordados dos trajes de coroação de toda a monarquia britânica desde Eduardo VII em 1902. Para a coroação da rainha Elizabeth II (atual patrona da escola), por exemplo, em 1953, a RSN desenhou e bordou a manta púrpura com figuras de trigo, ramos de oliveira e bolotas, que representavam fecundidade, paz e longevidade; para executar o trabalho, 12 bordadeiras trabalharam durante sete dias da semana em turnos durante três meses, usando 18 tipos de fios de ouro.

    Exemplos de bordados realizados por alunos da Royal School of Needlework ©Reprodução

    Atualmente, a Royal School of Needlework se descreve em seu site oficial como uma “entidade empolgante e voltada para o futuro que se dedica a ensinar, praticar e promover a arte do bordado à mão no século 21”. Apesar de suas atividades mais repercutidas serem os serviços prestados à realeza, a RSN mantém seu programa de aulas, que sofreu alterações ao longo dos anos, mas que nunca deixou de funcionar. Hoje, há uma grande variedade de formatos de aulas, mas que são sempre aplicadas individualmente. Não há aulas em grupo; os planos de aprendizado são personalizados pelo tutor – que tem no mínimo três anos de estudo full-time na RSN — para se adequar à experiência e ao ritmo do aluno. Além disso, para quem não mora em Londres, é possível ter aulas com tutores da RSN em Bristol, Durham, Rugby e Glasgow; em São Francisco, nos Estados Unidos; e em Tóquio e Nagoya, no Japão.

    Reportagem da CBS mostra o funcionamento da Royal School of Needlework:

    Com a atual velocidade dos avanços tecnológicos aplicados à moda, em que novidades fascinantes como os tecidos em spray e as impressoras em 3D enchem os olhos dos consumidores, é igualmente fascinante acompanhar o esforço de se manter viva uma tradição secular.

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