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    Os desfiles que definiram o novo momento da moda em 2015
    Paula Raia, Verão 2016
    Os desfiles que definiram o novo momento da moda em 2015
    POR Redação

    DESTAQUES INTERNACIONAIS

    Louis Vuitton, Verão 2016

    Louis Vuitton, Verão 2016

    Louis Vuitton, Verão 2016

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    No show para o próximo Verão 2016 do Hemisfério Norte, apresentado em outubro na semana de moda de Paris, a Louis Vuitton de Ghesquière evidencia a relação com o novo mundo digital: liberdade de escolha para construir o seu próprio repertório a partir de infinitas possibilidades de informação. Projeções de vídeo em telões por toda sala de desfile, o tema da era cibernética, dos games, da inteligência artificial, das redes sociais, já não é assunto do amanhã, mas a realidade que todos vivem hoje. E Ghesquière interpreta esse presente que até ontem ainda enxergávamos como futuro de maneira brilhante.

    + 10 fatos da moda da era digital da Louis Vuitton

     

    Dior, Verão 2016

    RAF SIMONS NO FINAL DO DESFILE DA DIOR, NO INÍCIO DO MÊS, EM PARIS ©Divulgação

    RAF SIMONS NO FINAL DO DESFILE DA DIOR, NO INÍCIO DO MÊS, EM PARIS ©Divulgação

    + Veja a coleção completa aqui 

    Ninguém sabia, mas este seria o último desfile de Raf Simons à frente da Christian Dior, o que o torna ainda mais especial. Em outubro passado, vinte dias antes do diretor criativo anunciar sua saída da maison francesa depois de três anos e meio de sucesso à frente da marca, Raf apresentou a coleção para o Verão 2016 do Hemisfério Norte em meio a um cenário grandioso, com 300 mil flores e roupas que flertavam com um futurismo romântico de linhas precisas e minimalismo vindo da alfaitaria masculina, com um frescor que só agregou sofisticação e contemporaneidade à feminilidade da Dior.

    + Os destaques do desfile da Dior para o Verão 2016

     

    Givenchy, Verão 2016

    Givenchy Verão 2016

    Givenchy Verão 2016

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    Riccardo Tisci tirou, nesta estação, o desfile da Givenchy de Paris e brindou Nova York com o show mais impactante da temporada norte-americana de moda. Com apresentação dirigida pela sérvia Marina Abramovic, o diretor criativo da Givenchy, que completa dez anos à frente da marca, ofereceu um espetáculo também de roupas, partindo do jogo clássico de misturar referências do guarda-roupa feminino e masculino arrematando tudo com uma boa dose mistério e um toque de exotismo vindos de seu próprio repertório estilístico e da mistura de elementos de várias religiões, uma das tônicas de seu show. Sexy, exótico e urbano.

    + Fatos sobre o desfile da Givenchy que você precisa saber

     

    Prada, Inverno 2015/16

    Prada, Inverno 2015/16

    Prada, Inverno 2015/16

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    Suave, mas violento, foi a intenção de Miuccia para seu Inverno 2015. Seja pelos maxibroches de acetato com cristais ou as peças em rosinha, amarelinho e verdinho, essa foi uma das coleções mais replicadas em editoriais de moda, tapetes vermelhos, capas de revista do ano, sempre causando impacto a cada aparição. De fato, um dos melhores desfiles de 2015 ao injetar ironia na adocicada cartela de tons pastel, brincando com formas da natureza versus materiais sintéticos e uma silhueta que, nos melhores momentos da Prada, consegue este instigante efeito de causar, ao mesmo tempo, estranheza e beleza.

     

    Gucci, Inverno 2015/16

    Gucci, Inverno 2015/16

    Gucci, Inverno 2015/16

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    Parte da equipe de Frida Giannini na Gucci, Alessandro Michele fez sua estreia à frente da marca na coleção masculina de janeiro, mas fincou mesmo a bandeira de sua nova estética para a casa italiana no desfile do prêt-à-porter feminino para o Inverno 2015, apresentado na semana de moda de Milão, em fevereiro. Há uma nova mulher morando na casa Gucci, e ela veio para ficar. Segundo o estilista, não se trata mais de ser sexy, mas “sensual”. Uma sensualidade sem protagonismo, bem nas entrelinhas. Renovado, o estilo Gucci diz respeito agora ao ecletismo de referências retrôs misturadas de uma maneira contemporânea graças à personalidade independente e bem informada de sua cliente.

     

    Vetements, Verão 2016

    Vetements, Verão 2016

    Vetements, Verão 2016

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    O desfile da Vetements foi um dos mais comentados da temporada. Se o coletivo parisiense já estava fazendo barulho com suas roupas que refletem as vontades extremas das ruas, nesta estação o boca-a-boca se intensificou pelo fato de que o estilista da marca, Demna Gvasalia, era um dos cotados para assumir a Balenciaga, fato que se confirmou após o desfile da marca.

    O coletivo formado por oito amigos e capitaneado por Gvasalia tem injetado novidade à cena de Paris, ainda conservadora e voltada para as grandes maisons. “Não tem mais a ver com sentar em um café no Rive Gauche. Nós nem conhecemos essa parte de Paris”. Essa frase de Demna dita a “i-D” traduz o espírito underground da Vetements, que questiona, com suas peças que intencionalmente parecem ter proporções erradas, o processo da moda de luxo.

    + Por que a moda de Paris caiu de amores pela Vetements
    Dolce&Gabbana, Inverno 2015/16

    Dolce&Gabbana Inverno 2015/16

    Dolce&Gabbana Inverno 2015/16

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    No ano em que comemoraram 30 anos de marca, Domenico Dolce e Stefano Gabbana celebraram sua história na moda com uma acalorada e emocionante homenagem às mães italianas. Modelos grávidas ou com seus próprios filhos de mãos dadas na passarela, rosas vermelhas bordadas e em estampas 3D, declarações de amor às mães, a palavra “Mamma” escrita com letra cursiva infantil e até prints em seda de desenhos de criança, feitos pelo filho do dono de uma das fábricas fornecedoras de tecidos da marca trouxeram a família como tema central da moda, num desfile decorativista de roupas preciosas cheio de calor humano, algo tão incomum no universo fashion, sempre tão cool e individualista.

     

    Rick Owens, Verão 2016

    RickOwens-Verao_RTW16_Paris-12

    Rick Owens, Verão 2016

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    Uma modelo carregando outra de ponta cabeça numa passarela. Está aí uma das imagens mais fortes da moda em 2015, difícil de esquecer em anos, idealizada por Rick Owens para fazer tributo à força da mulher em seu Verão 2016. O estilista também pensou no poder de controlar o próprio corpo e criar distorções na silhueta, primeiro por meio da modelagem das roupas e depois, de um jeito mais radical, acrescentando um segundo corpo em cima do primeiro. Muitas interpretações podem surgir do desfile de Owens, o que torna sua coleção ainda mais cerebral e importante.

     

    Loewe, Verão 2016

    Loewe, Verão 2016

    Loewe, Verão 2016

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    Jonathan Anderson – também diretor criativo de sua marca própria, a J.W. Anderson –  está fazendo uma grande transformação na tradicional marca de couro espanhola, com um mix de sua assinatura conceitual com seu olho certeiro para a moda comercial desejável com design autoral e foco em acessórios, identificando as necessidades do mercado sem perder o frescor que a boa moda pede. Para o Verão 2016, sua referência foram os anos 80 com pitada espacial com maxibijoux e bolsas que viraram itens de desejo imediatos da temporada.

     

    Chanel, Resort 2016

    Chanel, Resort 2016

    Chanel, Resort 2016

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    Este, sem dúvidas, foi o ano das viagens fora do circuito Nova York, Londres, Milão e Paris, o clássico das fashion weeks, no mundo da alta moda. Palm Springs garantiu lindo desfile à Louis Vuitton, assim como Portofino para a Dolce&Gabbana e Cannes para a Dior. Mas nenhum dos destination shows bateu a escolha da Chanel por Seul, para apresentar seu Resort 2016. A maison colocou holofotes na capital da Coreia do Sul e mostrou mais de suas tradições e modernidades para nós, ocidentais, além de reiterar a importância do mercado asiático para a moda de luxo: basta dizer que só em Seul há oito lojas da Chanel, 15 no total no país, contra três endereços no Brasil.

     

    DESTAQUES NACIONAIS

    Alexandre Herchcovitch, Inverno 2016

    Alexandre Herchcovitch. Inverno 2016

    Alexandre Herchcovitch. Inverno 2016

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    Uma das coleções mais fetichistas da história recente de Alexandre Herchcovitch. Não é um desfile sensual e sim sexual, com um fetiche que é cru, moderno e sofisticado ao mesmo tempo. E está aí algo difícil de conseguir: descartar as obviedades e os caminhos mais fáceis, num desfile que representa, de maneira muito particular, uma das fortes e mais frescas tendências da próxima estação, a sensualidade latente, que andava em baixa na moda. O tema do desfile é uma história de boudoir sobre amor e perda, perversão, sexo e poder. Um tema rico e amplo, que foi trabalhado com rigor e precisão, trazendo muitos elementos que definem a estética de Alexandre Herchcovitch.

    + 10 fatos sobre o desfile de Herchcovitch para o Inverno 2016

     

    Ronaldo Fraga, Verão 2016

    Ronaldo Fraga, Verão 2016

    Ronaldo Fraga, Verão 2016

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    O olhar inclusivo, generoso, democrático e muito sincero de Ronaldo Fraga emocionou e acalentou todas as mulheres consumidoras de moda que não têm a pele de uma garota de 20 anos, o corpo esguio de uma modelo e as proporções que se encaixam num padrão clássico de beleza. O estilista, de fato, acredita na beleza que vai além da ditadura estética vigente, e, por isso, consegue nos fazer enxergar todas as possibilidades de beleza em dezenas de mulheres comuns, de diferentes idades, que vestiu com cauda de sereia e seio nu para reforçar o argumento de seu desfile “Sereias”, para o Verão 2016. Mais do que um belo discurso – que também chamou a atenção para a poluição ambiental – Ronaldo Fraga mostrou belas e luxuosas roupas, num caminho que vem trilhando há algumas coleções, de deixar suas peças mais próximas do corpo, glamourosas, numa estética que não foge do seu DNA de estilo mas que aproxima mais suas roupas de uma demanda comercial.

     

    Fernanda Yamamoto, Inverno 2016

    Fernanda Yamamoto, Inverno 2016

    Fernanda Yamamoto, Inverno 2016

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    Um dos discursos mais modernos não apenas na moda, mas na tendência de produtos em geral é o de unir design com técnica e qualidade que possam ser reconhecidos internacionalmente a referências regionais, ricas em sua cultura local e que o mundo desconhece. Fernanda Yamamoto trilhou, no Inverno 2016, esse caminho, ao mesclar seu know how de moda com pegada oriental ao artesanato das rendeiras do Cariri, na Paraíba. De um processo que durou um ano saíram peças 100% brasileiras e totalmente artesanais, que trazem um olhar renovado sobre a renda renascença com um produto na onda do slow fashion, de nicho, que oferece design conceitual com responsabilidade social a um público consumidor de moda muito específico e cada vez maior.

    + 10 destaques do desfile de Fernanda Yamamoto

     

    Reinaldo Lourenço, Inverno 2016

    Reinaldo Lourenço, Inverno 2016

    Reinaldo Lourenço, Inverno 2016

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    Em seu desfile mais recente, para o próximo inverno brasileiro, o estilista conseguiu equilibrar com perfeição o design com conceito e rigor à imagem da roupa comercial, imediatamente desejável, grande desafio para a maioria dos designers. As referências portuguesas tão conhecidas e tema de seu desfile, na versão de Reinaldo ganham uma outra estética. Os azulejos portugueses ficaram mais gráficos, as noivas do Minho, que só vestem preto, inspiraram os chiques conjuntos de veludo, as tiras dos trajes portugueses típicos caíram como luva no trabalho de tiras que Reinaldo já faz, numa nova versão. Certamente uma coleção que será vista em muitas celebridades e nos editoriais de moda das principais revistas nos próximos meses.

    + A viagem a Portugal de Reinaldo Lourenço em 10 paradas obrigatórias

     

    Apartamento 03, Inverno 2016

    Apartamento 03, Inverno 2016

    Apartamento 03, Inverno 2016

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    Dá para ser leve e bold ao mesmo tempo? A Apartamento 03 é assim. Todas as peças do desfile do Inverno 2016, inspirado na temática da roupa pensada para um gênero (masculino ou feminino), a partir do personagem principal do livro “Orlando”, de Virginia Woolf, têm texturas e informação, sobreposições, bordados e amarrações. Mas nada pesa. Ao mesmo tempo são looks que não passam batido, têm personalidade e força. “E se Orlando me encomendasse um guarda-roupa? E se ele viesse para a prova de roupa como mulher e pegasse a roupa pronta como homem? Sabe, essas pessoas existem.” Luiz Claudio, estilista da marca, não pensou em feminino e masculino, e sim no Orlando como Virginia Woolf escreveu: um jovem inglês que nasce homem e, durante uma viagem à Turquia, acorda mulher. A história lida com a ambiguidade e com a questão da identidade de uma forma natural. E, também dessa forma, sem julgamentos, Luiz conduziu seu processo criativo.

    + Os destaques do desfile da Apartamento 03

     

    Osklen, Inverno 2016

    Osklen, Inverno 2016

    Osklen, Inverno 2016

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    Baseada em linhas simples, com pegada minimalista mais evidente nos vestidos p&b, a coleção da Osklen consegue se mostrar muito autoral sem cair na cilada da repetição de si mesma, ainda que retome temas que lhe são recorrentes. Sempre, no entanto, de um jeito fresco, olhando para dentro sem deixar de olhar sempre para fora. E para frente. A melhor entre as coleções mais recentes da marca, o Inverno 2016 da Osklen traz ainda temática atual, que começou com a vontade de de falar sobre a origem das Olimpíadas, surgidas na Grécia antiga, em 776 a.C. Tema que faz gancho com as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. Daí, apareceu o desejo de resgatar um desfile de mais de dez anos atrás, o segundo feito pela Osklen dentro do SPFW, o do Verão 2004, cujo ponto de partida, para a coleção feminina, era um maiô de salto ornamental. Havia também a vontade de Oskar de voltar-se para o conforto, e então, resolveu se basear no moletom para desenvolver toda a coleção.

    + As 10 medalhas de ouro do desfile olímpico da Osklen

     

    Lenny Niemeyer, Verão 2016

    Lenny, Verão 2016

    Lenny, Verão 2016

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    Depois de muitos anos desfilando no Rio, Lenny Niemeyer apresentou seu Verão 2016 no São Paulo Fashion Week e trouxe para a passarela paulistana seu DNA carioca com design desejável em qualquer praia do mundo. Rainha do beach couture brasileiro, ela vai além da moda praia simplesmente chique e agrega design de primeira em seus biquínis, maiôs e peças de roupa derivadas do lifestyle al mare. O Carnaval de antigamente foi a inspiração para o único desfile que fez este ano (ela não apresentou o inverno em semana de moda), em que misturou referências dos personagens clássicos carnavalescos, do Pierrô ao marinheiro, com algodão texturizado, alfaiataria, plissados, babados e, claro, muita lycra.

     

    Paula Raia, Verão 2016

    Paula Raia, Verão 2016

    Paula Raia, Verão 2016

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    Paula Raia é a nossa melhor representante do slow fashion. A estilista se beneficia do tempo que tem para idealizar e confeccionar suas coleções, sempre artesanais, apresentadas uma vez por ano, com cada vez mais apuro e sofisticação no design, no conceito, nos acabamentos, numa feliz parceria com o stylist e artista Maurício Ianês. Neste verão, com desfile mais uma vez mostrado na casa dela, Paula se inspirou no mar, nas faixas japonesas shiburi e nos tecidos naturais sem tingimento, que culminaram em looks totais cru, com o mix dos materiais leves e transparentes com a construção estruturada feita a partir do shiburi, numa espécie de bondage.

     

    Ellus, Inverno 2016

    Ellus, Inverno 2016

    Ellus, Inverno 2016

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    O desfile da Ellus aconteceu em torno do lançamento de uma nova linha, a Ellus Sport DLX (deluxe), uma novidade que traz junto um novo fôlego para a marca e a reconecta com suas raízes de moda jovem e de rua, num desfile cheio de energia, com apresentação de parkour. A linha surgiu a partir de um “jogging denim”, lançado há duas temporadas, que tem muito mais flexibilidade do que o jeans normal. “A linha fala de mobilidade e conforto, aliado à tendência esportiva no streetwear”, diz o estilista Rodolfo Souza. A ideia não é fazer roupa para atletas e sim trazer a cultura do sportswear para a moda da Ellus, em total sintonia com o que o jovem urbano quer vestir hoje.

    + Saiba mais sobre o desfile da Ellus

     

     

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