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    “O Brasil se encontra muito próximo ao nosso DNA”, diz diretor da Cartier
    “O Brasil se encontra muito próximo ao nosso DNA”, diz diretor da Cartier
    POR Redação

    À esq., o poster de “L’Odyssée de Cartier”; à direita, cenas do curta ©Divulgação

    Na quarta-feira (29.02), a Cartier realizou a pré-estreia mundial do seu primeiro curta-metragem, “L’Odyssée de Cartier”, projeto de três minutos e meio que celebra os 165 anos de história da tradicional joalheria francesa. Resultado de dois anos de trabalho de um time de 50 pessoas, a produção acompanha a jornada de uma pantera – símbolo da marca — que atravessa continentes revelando as culturas que têm forte relação com o estilo e a história da marca. Ao lado de França, Rússia, Índia e China, está o Brasil, com uma representação de Santos Dumont — para quem não conhece a história, um dos primeiros relógios modernos de pulso foi criado especialmente pela Cartier para o aviador brasileiro, para que ele pudesse checar as horas com facilidade durante seus voos.

    O FFW esteve na pré-estreia em São Paulo, uma das apenas 15 cidades do mundo selecionadas para essa exibição prévia. Além da relação histórica com o Brasil, a escolha da Cartier foi estratégica: a marca vai abrir uma loja de 280 m² no shopping Cidade Jardim em junho, além de um espaço no Village Mall, no Rio de Janeiro, em novembro.

    Após assistir ao filme (que terá exibição exclusiva no dia 2 de março na página da Cartier no Facebook e no dia 4 de março no site odyssee.cartier.com), o FFW conversou com Juan-Carlos Delgado (foto abaixo), diretor da Cartier na América Latina, que falou sobre tradição, o porquê da inexistência de um e-commerce da marca nos países latinos, e os planos de expansão no Brasil.

    Em seus 12 anos trabalhando na Cartier, qual a sua visão sobre as mudanças na marca e no mercado de joalheria?

    Começando pela nossa equipe executiva, a grande mudança é que temos uma nova direção comercial para esta década, com o primeiro diretor inglês da história da Cartier, Gavin Haig, que traz ideias novas e frescas para o lado dos negócios da nossa indústria. Quanto às peças, estamos ativos há 165 anos; posso dizer que nos últimos 10 anos a nossa criação não mudou. A maison lança tendências, ela não segue ninguém; nossa criação é feita com calma, sempre muito relacionada à nossa tradição, feita ao nosso próprio ritmo.

    Como funciona a equipe criativa da Cartier? Ela é baseada em Paris?

    Temos uma grande fábrica em Genebra com mil funcionários que trabalham na fabricação de relógios, e nossos ateliers de joias ficam em Paris – mas não sei o número exato de quantas pessoas temos lá.

    Nos 165 anos de existência da Cartier, quais foram os momentos mais representativos da empresa?

    No filme que você assistiu, mostramos muitos desses momentos. No início dos anos 1900, os três irmãos Cartier – Jacques, Pierre e Louis — iniciaram a expansão de Paris para NY e Londres, e a partir daí começaram as diferentes conexões culturais que possibilitaram a inspiração para novas peças. Temos muitos momentos marcantes, mas para o Brasil, o mais representativo é o de 1904, com o relógio de Santos Dumont. Fiquei muito feliz de ver esse momento incorporado ao filme – que tem uma única versão, não é editado para cada país – porque é inegável a participação de Santos Dumont da criação do relógio de pulso.

    Qual é a estratégia da marca para se manter relevante em um mercado tão dinâmico e sedento por novidades?

    Acho que o consumidor percebe, de forma subconsciente ou consciente, que nossas criações não seguem ninguém. E elas são sempre funcionais, contemporâneas e normalmente discretas, quanto ao logo. Isso é uma coisa que nos diferencia muito: algumas companhias focam na exibição do logo, o que nunca fez parte da nossa identidade. A nossa elegância é sutil.

    E quanto à estratégia da marca no que diz respeito às novas tecnologias? Qual a atividade nas redes sociais e no e-commerce?

    Temos o nosso Facebook, Twitter, e e-commerce nos sites baseados no Japão e em Nova York. Nem tudo pode ser comprado online, apenas certas coisas; mas estamos com o e-commerce japonês há três, quatro anos, e com o de NY há dois. Eles representam uma quantidade impressionamente de vendas. Não posso passar a porcentagem, mas posso dizer que o site de NY iguala as vendas de uma boutique bem-sucedida.

    Cenas de “L’Odyssée de Cartier” ©Divulgação

    Há planos da implementação de um e-commerce na América Latina?

    É muito complicado. É uma região muito complicada para o e-commerce. São muitos países, e há muitos impostos, taxas de importação… eu não vejo um e-commerce na América Latina. Talvez o Brasil, talvez o México, e só.

    E quanto às lojas físicas no Brasil? Há planos de abertura de pontos além de São Paulo e Rio?

    Bem, nós constantemente viajamos a outros lugares, como Curitiba e Brasília, onde temos joalherias parceiras que funcionam como pontos de venda, mas não temos nenhuma negociação séria em lugar algum além de São Paulo e Rio.

    Estudando a história da Cartier, e mesmo assistindo ao curta-metragem, vemos que a marca tem uma relação muito forte com países como a Rússia, Índia e China, tanto no sentido comercial quanto criativo. Onde o Brasil se encaixa nessa história? Qual o apelo que a marca tem com o brasileiro?

    É uma coincidência assistir ao filme e observar que os países a que se faz referência são Brasil, Rússia, Índia e China, que são os mercados emergentes de hoje, são os países do BRIC. O Brasil é parte da nossa história, do lado criador de relógios da companhia; ele é muito importante para nós, por consequência da amizade entre Santos Dumont e Louis Cartier ser inegavelmente o início da nossa história de criação de relógios. Em muitas partes do mundo, as nossas vendas de relógio são extremamente importantes. Na América Latina, essa é provavelmente a nossa linha mais importante. Então voltando a sua pergunta, de onde o Brasil se encaixa, ele se encontra muito próximo ao nosso DNA, especialmente no sentido da fabricação de relógios.

    Cenas de “L’Odyssée de Cartier” ©Divulgação

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