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    “Não quero ser um estilista de tendências”, diz Riccardo Tisci, da Givenchy
    “Não quero ser um estilista de tendências”, diz Riccardo Tisci, da Givenchy
    POR Augusto Mariotti
    Riccardo Tisci ao lado das modelos Rosie Huntington-Whiteley, Serena Archetti, Natasha Poly, Mariacarla Boscono e Joan Smalls ©Reprodução/Facebook

    Riccardo Tisci ao lado das modelos Rosie Huntington-Whiteley, Serena Archetti, Natasha Poly, Mariacarla Boscono e Joan Smalls ©Reprodução/Facebook

    Às vésperas de completar dez anos no comando da Givenchy – ele assumiu a direção criativa da grife em 2005 –, Riccardo Tisci concedeu uma longa entrevista ao “Financial Times”, na qual fez um balanço da sua missão profissional (e pessoal) à frente da marca francesa de luxo. Desde o início, quando apresentou suas controversas coleções de inspiração gótica, o estilista italiano vem cumprindo sua missão de extrapolar os rígidos limites impostos pela indústria da moda de diversas maneiras. “Tom Ford fazia tudo sexy e glam, e o que eu fazia era gótico. Eu era muito sombrio. E a imprensa me matou…”, lembra Tisci.

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    Mas, como sabemos hoje, os críticos de plantão não tardaram a desaparecer. “As mesmas pessoas que me odiavam na época… depois de seis anos, elas vieram”, afirma. O segredo do triunfo? O estilista sabe bem quais regras valem a pena ser quebradas – pense na inesperada ponte que ele construiu entre a Alta-Costura e o streetwear, com suas colaborações com a Nike e com as estampas-desejo de Rottweiler e Bambi, e no lançamento de uma grande variedade de tops, a brasileira Lea T entre elas.

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    Antes de se tornar modelo, vale lembrar que Lea era assistente de Tisci. “Eu ouvi muita merda ao colocar uma transexual no casting. Lea foi renegada pela sua família. Elegendo ela para a campanha, pelo menos nós demos o dinheiro necessário para bancar a operação dela.” E apesar das mensagens e do “abuso” da imprensa e do público, o estilista contou que a perspectiva acabou se transformando.

    Campanha de Inverno 2011 da Givenchy com Lea T ©Reprodução

    Campanha de Inverno 2011 da Givenchy com Lea T ©Reprodução

    “Lea foi ao programa da Oprah, ela estava nas TVs do mundo inteiro, e as pessoas se apaixonaram por ela. E agora uma transexual [Laverne Cox] já foi capa da revista ‘Time’”, observa. Essa mudança completa de paradigma poderia ser suficiente para muito designer por aí se sentar e relaxar, pensando “já fiz a minha parte”. Mas, para a alegria de seus clientes e fãs, Tisci parece estar apenas começando. “Quando assinei com a Givenchy, disse, ‘eu não sairei daqui até que a empresa ocupe o seu devido lugar como uma marca de lifestyle.’” Uma linha infantil e outra de decoração são algumas das novidades que podem surgir em breve pelo caminho, já que Tisci é uma pessoa que se destaca por pensar fora da caixinha não apenas nas passarelas. “As pessoas não entendiam isso no começo. Elas pensavam que cada temporada traria uma tendência. Mas eu não quero ser um estilista de tendências. Eu quero uma identidade.”

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