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    Nova fase
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    POR Augusto Mariotti

    por Flavia Brunetti, em colaboração para o FFW

    Desfile de Reinaldo Lourenço, que fechou o SPFW Inverno 2013 ©Cris Von Ameln/Agência Fotosite

    Quando foi comunicado que as semanas de moda brasileiras mudariam de datas, uma mistura de incertezas e alívio, regado a muitas perguntas, começou a pipocar mercado da moda. “Como isso afetará industria?”; “Como será a entrega do que é vendido?”; “Então o Brasil finalmente se alinha às semanas de moda lá fora?”.

    Primeiro de tudo, as datas: Outono/Inverno passa a ser desfilado em outubro, e Primavera/Verão, em março. A entrega do que é vendido agora é feita seis meses depois da venda. Mas, para essas e muitas outras questões que se possa ter, conversamos com pessoas-chave do mercado da moda no país e, de forma bem didática, damos aqui o panorama de como tudo vai funcionar agora e o porquê das mudanças.

    Roberto Davidowicz, vice-presidente da ABEST (Associação Brasileira de Estilistas)

    ©Edu Lopes/Agência Fotosite

    “Na verdade era uma mudança que já estava fadada a acontecer. E não deveria ser uma grande surpresa para ninguém, pois esse já era o calendário há duas ou três décadas. Mas esse calendário, naquela época, teve que sofrer uma adaptação por causa da inflação enorme daqueles tempos; não havia como planejar preços com tanta antecedência. Então tinham que vender e entregar o mais rápido possível. Hoje, nós não precisamos mais disso. Deixou de ser o vende e entrega – e muitas vezes não entrega – para o vende, planeja, entrega”.

    Ronaldo Fraga, estilista do SPFW

    ©André Conti/Agência Fotosite

    “Vender é fácil. O Brasil já prima pela criatividade, todo mundo já é apaixonado pelo nosso país, nossas cores, estampas. Difícil é entregar o pedido em tão pouco tempo como era antes. Sou um entusiasta desse novo calendário”.

    Gloria Kalil, do site Chic

    ©Cecilia Acioli/Agência Fotosite

    “É muito bom ver o esforço coletivo da indústria – jornalistas, estilistas e organização do evento – para fortalecer o negócio da moda dentro do Brasil. Sem contar que tem lógica! A semana de moda em janeiro não servia para nada. Agora privilegiamos o varejo, o consumidor, é bem mais democrático. E os meios de comunicação terão mais tempo de ter acesso às coleções”.

    Graça Cabral, diretora do InMod

    ©Agência Fotosite

    “Atendemos uma demanda antiga dos estilistas e marcas do mercado: ampliar o intervalo entre criação e entrega. Vamos, finalmente, ser iguais ao mercado externo, em que se vende e se tem de cinco a seis meses para entregar, não mais dois meses como era antes. Tiramos o peso só do estilista, que tinha que comprar o tecido, produzir e correr o risco de não entregar e ficar sem receber. Agora esse peso foi distribuído pela cadeia. Teremos menos sobra e maior competitividade. Todo mundo ganha”.

    Stefano Roncato, editor de moda do Milano Finanzas

    ©Barbara Dutra/Agência Fotosite

    “Eu acho positiva a mudança, pois as semanas de moda do Brasil ficavam muito separadas de todas as outras. Agora ela virá na sequência das principais semanas de moda do mundo. Isso é bom! Agora, o mercado externo terá que se adaptar a uma coisa: por exemplo, os jornalistas de moda virão de uma maratona de desfiles de Primavera/Verão e quando chegarem aqui vocês estarão apresentando o Outono/Inverno. A entrega é no mesmo período, mas o show não”.

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