Vestido de Madame Grès clicado por Henry Clarke para a “Vogue” francesa em 1954 ©Reprodução
E dá-lhe exposições de moda em 2011! A dica da vez é a primeira mostra retrospectiva parisiense dedicada a Madame Grès (1903 – 1993), ícone da alta-costura francesa conhecida por seus drapeados tão detalhados que mais pareciam esculturas. Similaridade que, aliás, não era mera coincidência. Quando criança, essa era a profissão que ela queria seguir, tendo afirmado diversas vezes: “Eu queria ser escultora. Para mim é a mesma coisa trabalhar o tecido ou a pedra”.
A exposição “Madame Grès, La Couture à L’Oeuvre”, que fica em cartaz no Musée Bourdelle até 24 de julho, aproveita esse paralelo entre moda e arquitetura para espalhar as peças de Madame Grès pelo museu, misturando-as ao seu acervo fixo em vez de isolá-las em uma sala própria. Ou seja, as cerca de 80 vestimentas mais os sketches e as fotografias relacionadas à estilista poderão ser vistas ao lado de esculturas e outras obras de arte.
História e legado
Madame Grès só adotou esse nome em 1942, ano de fundação de sua maison; seu nome completo na verdade era Germaine Émilie Krebs. O “Grès” era um anagrama parcial do nome do seu primeiro marido, Serge Czerefkov, que, aliás, a abandonou pouco depois da criação do atelier.
Fracasso matrimonial à parte, Madame Grès é reconhecida ainda hoje por seu trabalho luxuoso que conquistou Marlene Dietrich, Greta Garbo e Dolores del Río, entre outras, e pelo design atemporal e impressionante detalhismo que influenciou estilistas como Yves Saint Laurent e Halston.
Veja algumas das peças à mostra no Musée Bourdelle: