Patrizio Bertelli e Miuccia Prada ©Reprodução
Não é novidade que a China é um mercado em constante ascensão. Em virtude da abertura econômica ocorrida na última década e do consequente enriquecimento (e ocidentalização) de parte da população chinesa, o país converteu-se em um consumidor ávido de bens de luxo. A Prada, que atualmente tem no continente asiático seu grande filão, decidiu abrir seu capital (“Initial Public Offer” ou IPO) e colocar suas ações para serem negociadas na Bolsa de Valores de Hong Kong em junho de 2011.
A medida da Prada, primeira marca italiana a ter suas ações negociadas em solo chinês, claramente representa o desejo da grife de conquistar ainda mais este mercado, mas as coisas parecem não ter saído exatamente como Miuccia esperava. Apesar do sucesso das bananas e macaquinhos da coleção de Primavera/Verão 2011, de junho do ano passado até agora a Prada acumula uma grande queda em suas quotas, ao contrário de empresas que, como a Salvatore Ferragamo e a Burberry, investiram em Bolsas de Valores da própria Europa.
Quanto à venda de parte da Prada (aproximadamente 16,5% da empresa), a captação de recursos foi quase 20% menor do que o esperado, efeito que reflete a instabilidade financeira do mercado asiático frente a empresas ocidentais. Os planos de expansão da marca comandada por Miuccia Prada e seu marido, Patrizio Bertelli, no entanto, continuam firmes e fortes: até 2014 está prevista a abertura de 80 lojas. Com uma administração de maioria familiar (82,5% após a empreitada), a questão que fica é: a Prada ainda tem para onde crescer sem os recursos de um grande conglomerado?
A primeira loja da grife no Brasil abriu em dezembro de 2011, no shopping Cidade Jardim.